O Estado
brasileiro foi criado à imagem e semelhança de sua republiqueta, de seus três
podres poderes e de seus sucessivos governos, compostos por calhordas, omissos,
incompetentes e incapazes. Esse Estado está abusando da paciência do povo
honesto, daqueles cidadãos que assinaram o contrato social com o Estado,
abdicando de sua liberdade original e que coisa alguma recebem em troca. O povo brasileiro
pode ser comparado, em seu dia-a-dia, com aquelas zebras e gnus, do continente
africano, que são ameaçados, atacados e devorados por seus predadores.
Os leões, as hienas, os leopardos do Brasil
são os governantes incompetentes e corruptos que se revezam no poder. A
omissão, a incompetência e a canalhice dos governantes fazem com que as pessoas
honestas sejam vítimas de uma brutal e famigerada violência por parte de
criminosos possuidores, via de regra, de fichas criminais quilométricas.
Neste país os
criminosos voltam a ser soltos no décimo, no vigésimo, no trigésimo “delito”.
Em liberdade eles assaltam, roubam, estupram, até se transformarem em
assassinos e facínoras, com o aval da “Justiça”. Não dá para entender o poder
da blindagem que os poderes legislativo e judiciário têm no Brasil,
simplesmente eles se encontram protegidos pela lei e pela ordem criadas por
eles mesmos. O povo porém não tem proteção ou segurança alguma; e ninguém pode
fazer nada, nada absolutamente nada: “ordem judicial não se discute, se cumpre!”.
Quem somos nós para entendermos os desígnios e os caprichos dos deuses, não é
mesmo?
A irresponsabilidade e impunidade dos poderes
constituídos são estarrecedoras, principalmente em relação ao genocídio diário sofrido
por pessoas inocentes, vítimas de bandidos que o Poder Judiciário coloca nas
ruas ou deixa de colocar na prisão. É impressionante a insensibilidade, a
arrogância e a prepotência dos congressistas, dos juízes, dos desembargadores,
frente a tal problemática; eles simplesmente se sentem divindades, se sentem
deuses olímpicos. Entretanto, eles não passam de assassinos por omissão, haja
vista que são eles mesmos que permitem que facínoras voltem para as ruas ou se
mantenham nelas, para assaltar e assassinar pessoas boas, honestas,
trabalhadoras, que jamais cometeram delito algum.
E o que é pior, os parentes das vítimas fatais
não são sequer indenizadas por esse Estado brasileiro irracional, aberrante,
desordenado, ilógico, incoerente, antipopular. As vítimas ou seus parentes, no
caso de homicídio, não têm a quem recorrer a não ser se lamentar para os
repórteres que estão lá na cena do crime fazendo a reportagem. Cesare Beccaria (1738-1794) se retorceria em
seu caixão se soubesse o que está acontecendo com o sistema jurídico
brasileiro. O famoso criminologista e filósofo italiano jamais imaginaria a
luta que teria pela frente no Brasil em relação aos direitos humanos das
vítimas, algo em extinção por aqui. Ano após ano, a barbárie jurídica
brasileira continua.
Só resta ao
povo se comportar como as zebras, os gnus e os búfalos que observam seus
companheiros sendo devorados pelos predadores contumazes, e depois continuam
suas jornadas, calados, conformados, acomodados, resignados. É incompreensível e inaceitável o que estamos
acostumados a assistir, isto é, que criminosos provados e comprovados sejam libertos,
simplesmente porque não têm antecedentes criminais e ou porque possuem
residência fixa; muito menos podemos aceitar que facínora com longa ficha
criminal esteja solto.
Afinal, que porcaria é essa que fizeram com a
justiça no Brasil? Estão todos enlouquecidos? Perderam totalmente o juízo? Sem
dúvida, o Estado brasileiro é um leviatã, é um canalha, facínora, genocida,
sociopata, psicopata, energúmeno, desnorteado e “aloprado”.