Quando um Estado é governado por bestas
humanas, outros tipos de predadores também prosperam; são as hienas se apoderando
dos despojos e das carcaças. No caso do Brasil, as presas são aquelas pessoas
esforçadas que lutam para vencer honestamente e viver em paz; são as pessoas do
bem, a sociedade, a nação como um todo. Mas, as pragas governamentais, isto é,
os três podres poderes da “república”, executivo, legislativo e judiciário, não
permitem que a sociedade e a nação avance, evolua, progrida.
A
mais recente catástrofe em Mariana/MG, a tragédia da vez, é fruto de mais uma gigantesca
falta de controle interno e externo, uma mega incompetência, uma cósmica incapacidade
das bestas públicas da administração brasileira – que continuam relaxando a
fiscalização de tudo e de todos em troca da velha e tradicional propina. Por
causa disso, o costumeiro mar de lama da corrupção brasileira (que abarca 5 mil
municípios) foi esta semana focalizado naquele rio de lama tóxica, que mais
parece o bíblico e sanguinolento Rio Nilo, amaldiçoado por uma praga divina e
antiecológica.
A Igreja Universal, por sua vez, tão logo
quanto possível começou a se promover, a fazer um trabalho de esmola que deu
lugar a uma indispensável operação de guerra, que deveria ter sido feita de
imediato pelo degenerado Estado brasileiro, o qual tinha o dever e a obrigação
de comprar, embarcar e entregar tudo que os sobreviventes precisassem de
imediato, transportando tudo de avião, caminhões, etc. Helicópteros deveriam
tem sido enviados para salvar pessoas e animais. Mas que Estado facínora! Que
governantes canalhas!
Mas se vocês pensam que a arquibilionária
Igreja Universal do Reino de Deus (possuidora de cerca de 5 mil templos, só no
Brasil) comprou algum item para as vítima da tragédia vocês estão enganados. Ela
ficou dependendo de doações que um povo que já está em crise, desempregado e
falido, por causa da corrupção e dos desmandos do Estado besta-fera.
Entretanto, seria muito mais rápido e eficaz se o Bispo Macedo (com sua barba
tipo Moisés) tivesse aparecido junto ao rio de lama tóxica de “Bento” Rodrigues
para reverter a situação, ou seja, em vez de poluir o rio como fez o Deus de
Moisés (hoje, um ato político e ecologicamente incorreto) o Bispo deveria fazer
o milagre inverso, purificando o rio, coisa muito mais útil e ecológica.
Porém,
nem Deus, nem Moisés, nem Bispo Macedo, nem apóstolo Valdomiro. Nem mesmo Jesus
apareceu. Um garotinho se afogou e morreu na lama impiedosa clamando: “Jesus me ajude... Jesus me ajude? E nada,
nadica de nada. Somente agonia e êxodo.