quarta-feira, 12 de setembro de 2012


INTRODUÇÃO


Estamos entrando no século XXI e o Brasil continua sendo um país dominado pela hipocrisia, pela prepotência, pela mentira e, cada vez mais, pelo fanatismo religioso. A imensa maioria desse povo continua sofrendo e se degradando a cada momento, sem se dar conta das origens dessa degradação. A mentalidade escravagista que veio para cá a bordo das caravelas é a mesma das nossas elites contemporâneas.
Para protestar mais uma vez contra esse estado de coisas no país em que nasci e onde vivo, reuni nesta obra alguns dos muitos artigos e comentários que escrevi para a imprensa do Estado do Amazonas, e que, na minha visão, são muito significativos, pois traduzem bem os meus pensamentos a respeito da decadente e confusa sociedade brasileira. Estou convicto de que essa realidade precisa ser transformada a qualquer preço, o mais rápido possível, sob pena de nos transportarmos, de vez por todas, para a Idade das Trevas ou para o tempo das cavernas.
Antes, porém, que o leitor comece a ler os textos de minha autoria, gostaria de, nesta introdução, fazer algumas citações de trechos de alguns dos melhores textos que li em minha vida. A primeira citação pertence ao livro "Como vejo o mundo", editora Nova Fronteira, de autoria de um dos mais famosos cientistas de todos os tempos, ALBERT EINSTEIN; nesta citação o leitor terá a oportunidade de saber a opinião desse grande mestre do universo sobre uma das maiores desgraças da humanidade: a religião.

(...) Descubro logo que as raízes da idéia e da experiência religiosa se revelam múltiplas. No primitivo, por exemplo, o temor suscita representações religiosas para atenuar a angústia da fome, o medo das feras, das doenças e da morte. Neste momento da história da vida, a compreensão das relações causais mostra-se limitada e o espírito humano tem de inventar seres mais ou menos à sua imagem. Transfere para a vontade e o poder deles as experiências dolorosas e trágicas de seu destino. Acredita mesmo poder obter sentimentos propícios desses seres pela realização de ritos ou de sacrifícios. Porque a memória das gerações passadas lhe faz crer no poder propiciatório do rito para alcançar as boas graças de seres que ele próprio criou [....] (EINSTEIN, 1953).

Ainda de acordo com Einstein, a religião é vivida como angústia, essencialmente estruturada pela casta sacerdotal, que se impõe como intermediária entre seres temíveis e o povo. O chefe, o monarca ou uma classe privilegiada, se apropriam das funções sacerdotais, sendo que entre castas religiosas e as castas dominantes se estabelece uma comunidade de interesses.
Antes de apresentar a segunda citação, gostaria de transpor para esta página uma parte do currículo de outro grande cientista, o fantástico Dr. Sagan, recentemente falecido.

O Fantástico Dr. Sagan

Carl Sagan é conhecido tanto por sua literatura quanto por suas atividades científicas. Vencedor do Prêmio Pulitzer (pelo livro "The Dragons of Eden"). Ganhador da medalha NASA, por relevantes serviços prestados à Ciência e à comunidade. Professor de Astronomia e Ciências Espaciais. Diretor do Laboratório de Estudos Planetários, da Universidade de Cornel. Teve papel de destaque nas expedições planetárias Mariner, Viking e Voyager. Presidente da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade de Astronomia Americana. Presidente da Seção de Planetologia da Sociedade Geofisica da América. Editor-Chefe do "Icarus", principal jornal sobre estudos do Sistema Solar. Pioneiro em estabelecer as altas temperaturas da superfície de Vênus. Seus estudos levaram, também, ao entendimento das mudanças de estações em Marte. Entre seus vários best-sellers nos Estados Unidos se destaca "Cosmos", que tornou-se também sucesso televisivo, em todo o planeta.
Agora que já lhes apresentei esse formidável ser humano, o cientista Carl Sagan, gostaria que me permitissem passar a segunda citação; trata-se de um trecho do livro Broca's Brain (Ballantine, New York, 1979), de autoria do próprio Dr. Sagan (Tradução L.C. Balreira).

Deuses, Santos e Virgens

A antiga Grécia era repleta de estórias nas quais os deuses desciam a Terra e conversavam com os seres humanos. A Idade Média era igualmente rica em aparições de santos e virgens. Deuses, santos, e virgens foram contados através dos séculos por pessoas aparentemente da mais alta confiabilidade. O que aconteceu, então? Para onde foram todas as virgens? O que aconteceu com os Deuses do Olimpo? Será que esses seres simplesmente nos abandonaram nestes tempos mais cépticos? Ou esses relatos antigos refletem a superstição, a credulidade e a inconsistência das testemunhas (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
Frequentemente, após uma conferência cujo tema é a evolução da vida ou inteligência, as pessoas me perguntam: Você acredita em Deus? Pelo fato da palavra Deus ter conceitos diferentes para diferentes pessoas, eu quase sempre respondo perguntando ao inquiridor qual a definição que ele tem de Deus. Para minha surpresa, esta resposta é com frequência considerada embaraçadora e inesperada: Oh, você sabe, Deus. Todo mundo sabe o que é Deus. Ou então: Bem, uma espécie de força maior que nós, existente em todo o Universo (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
Existem várias forças no Universo. Uma delas se chama gravidade; no entanto não é frequentemente identificada como Deus. O conceito abrange um infindável número de teorias. Algumas pessoas pensam em Deus como sendo um gigantesco macho de pele clara, de barba branca e longa, sentado num trono em algum lugar lá em cima, no céu, muito ocupado, determinando tudo aqui na Terra. Outros – por exemplo, Baruch Spinosa e Albert Einstein - consideravam Deus como sendo essencialmente a soma total de todas as leis físicas do Universo. Eu não conheço evidência alguma de tal patriarca antropomorfo, controlando o destino dos seres humanos, de algum ponto estratégico no céu. Por outro lado, seria loucura negar a existência das leis físicas. Portanto, a crença em Deus depende muito do conceito que cada um tem do mesmo" (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
A terceira citação eu retirei do capítulo VIII ­Armadilha da Justiça, do livro "Seus Pontos Fracos" (Wayne W. Dyer, Record, RJ, 1976).
Se o mundo fosse organizado de tal forma que tudo tivesse que ser justo, nenhum ser vivo poderia sobreviver nem um dia. A justiça não existe. Nunca existiu, nem nunca existirá. O mundo simplesmente não funciona assim. Os pumas matam texugos. Os texugos matam ratos. Os ratos matam percevejo... Você só precisa olhar a natureza para perceber que não há justiça no mundo. Furacões, inundações, macaréus, secas, tudo isso é injusto. É um conceito mitológico, essa estória de justiça. O sistema legal promete justiça, mas em geral não ocorre. Os que têm dinheiro não são condenados. Os juízes e os policiais são frequentemente comprados pelos poderosos. Os pobres enchem os xadrezes e não têm possibilidade alguma de vencer o sistema (DYER,1976).
Os textos "Os primeiros deuses" e "os feiticeiros" vão, por certo, deliciar todos aqueles que amam a Ciência e que abominam o fanatismo religioso.

Os primeiros deuses

Se até hoje todo mundo fica fascinado com os fenômenos da Natureza, o que dizer de nossos antepassados, desde o tempo das cavernas? No começo, a verdade é que os fenômenos naturais causavam medo e fascinação. Do medo os homens passaram à adoração e, assim, os primeiros deuses dos primeiros homens foram o Sol, a Lua, as estrelas, o relâmpago e o trovão. Tudo aquilo que não entendiam era sobrenatural e, portanto, divino. Se eles não sabiam que a Terra é redonda, que a Lua gira em torno da Terra, e as duas giram em torno do sol, como podiam entender o que estava acontecendo, quando um disco negro (a Lua) tapava o Sol? A única explicação que lhes ocorria era a existência de deuses misteriosos, escondidos nos elementos da Natureza, e sempre prontos a puni-los com severidade. Se eles não sabiam da existência de vírus e bactérias, como entender uma febre súbita? Como entender o sofrimento causado pelas doenças?

Os feiticeiros

A natureza com seus mistérios e perigos fez com que, no começo, os homens se reunissem em tribos, para sobreviver. E cada homem trouxe ao grupo as suas incertezas, suas curiosidades e seus medos. Em cada tribo, aos poucos, foram aparecendo homens que, talvez por sentirem menos medo do que os outros assumiam o papel de intermediários entre a tribo e àquelas forças que eram capazes de mandar raios a Terra durante uma tempestade. Isto aconteceu e continua acontecendo em todas as sociedades primitivas há sempre alguém meio mago, meio sacerdote, que se diz capaz de atos não permitidos aos demais membros do grupo, em quem se confia cegamente.
Para aumentar a confiança em seus poderes fantásticos esses feiticeiros organizavam verdadeiros espetáculos de magia. Criavam vestes impressionantes, usavam máscaras enormes com um dispositivo para aumentar o volume da voz. Descobriam ervas que, jogadas sobre o fogo, faziam saltar faíscas coloridas. E ameaçavam a todos com a fúria dos céus, cada vez que começavam a faltar os presentes que recebiam, para continuarem sendo os 'representantes' dos deuses na Terra.
Durante muito tempo os homens andavam a procura de caça para se alimentarem, sem se fixar em nenhum lugar. Com a descoberta da Agricultura, a Humanidade fixou-se a terra. Os primeiros grandes impérios agrícolas surgiram, então, na Mesopotâmia, que atualmente é a região do Iraque, onde habitavam os sumérios, os babilônios e os assírios. Esses povos viveram dominados pelo medo de toda uma legião de demônios e deuses irritáveis, inventados e apresentados pelos sacerdotes que controlavam o Estado.
Nas ruínas dos tempos das grandes cidades da Mesopotâmia, os cientistas encontraram vestígios que explicam como os sacerdotes desapareciam misteriosamente do altar, e como 'atravessavam paredes' à vista dos fiéis. O sacerdote se encostava na parede, e, enquanto um rolo de fumaça se levantava da pira ritual, ele girava a porta camuflada e desaparecia 'como por encanto'. Em seu lugar, aparecia uma sacerdotisa ou até mesmo um leopardo!
Para finalizar, quero lhes premiar com um texto que reflete bem o caráter da prostituída mídia brasileira. Trata-se de um pequeno trecho da introdução do livro "Física" (Antônio Máximo/Beatriz Alvarenga, ed Scipione, SP, 1997).
A consulta a horóscopos, tarôs, búzios, e outras crenças fantásticas, baseadas em fatos puramente fortuitos, tão difundida mesmo entre pessoas com nível cultural médio, poderia, certamente, ser melhor analisada e criticada após um estudo bem fundamentado das idéias básicas da física. Infelizmente, porém, este objetivo não vem sendo tranqüilamente alcançado (MÁXIMO; ALVARENGA, 1997).
Muitos intelectuais de renome mundial vêm se manifestando de maneira desfavorável à grande divulgação que os meios de comunicação fazem dessas crendices numa época em que os sucessos das ciências são tão decantados. O filósofo e físico argentino Mário Bunge assim se manifesta: 'Os jornais e revistas deveriam ter seções dedicadas à Ciência, em vez de horóscopos'. E ainda: 'Os pesquisadores deveriam empreender campanha mais vigorosas contra as pseudociências e ideologias anticientíficas (MÁXIMO; ALVARENGA, 1997).
Já o cientista Carl Sagan, em sua obra Cosmos, afirma: A astrologia desenvolveu-se no meio de uma estranha combinação de observações, matemática e uma cuidadosa manutenção de registros, mesclados de pensamentos confusos e fraudes piedosas... Deliberadamente, são montadas [previsões dos horóscopos] de modo a serem aplicadas a qualquer pessoa (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).

Publicado no Diário do Amazonas, Manaus, AM, 1º de janeiro de1994, na página dominical Voz da Ciência, por L.C. Balreira.
A reprodução dos textos de L.C.Balreira, neste Blog, após 18 anos de terem sido publicados na imprensa do amazonas tem o objetivo de expor minhas ideias, com transparência, sinceridade e convicção, mesmo porque a cada dia as mesmas estão cada vez mais atuais e verdadeiras.


A história dos grandes acontecimentos do mundo não é mais do que a história de seus crimes (François-Marie Arquet Voltaire, 1694-1778, filósofo francês).

A insuportável leviandade do ser

Eu sei que todo o Estado que se preza precisa fazer uma lavagem cerebral eficiente em seus cidadãos, pois "a propaganda é a alma do negócio". E para que essa propaganda seja eficiente ela deverá ser feita bem cedo, de preferência quando o cidadão for ainda criança. A psicologia moderna nos diz que é entre os cinco e nove anos o período em que a criança mais assimila e aceita novos conhecimentos (ou mentiras) sem duvidar ou debater.
Mais tarde, dificilmente, essa pessoa poderá se libertar de uma doutrina ou lavagem cerebral, mesmo que na sua idade adulta ela tenha uma forte percepção de que o que lhe ensinaram não passa de absurdo ou descalabro total. Mesmo assim, defenderá inconscientemente, até a morte, a doutrina adquirida. A própria Bíblia já sabia disso: "mostra o caminho enquanto ele é pequeno, e ele jamais se desviará do caminho". Dificilmente um padre ou um pastor achará mais fácil "fazer a cabeça" de um adulto do que de uma criança, a não ser que o adulto seja muito primitivo ou ingênuo, ou que esteja em situação de desespero emocional.
As crianças brasileiras são vítimas de todo o tipo de lavagem cerebral. A história do Brasil que as crianças aprendem na escola lhes fala de seres nobres e exemplos de virtude, ética e moralidade; e mesmo depois de adulto, sabendo da corrupção e incompetência dos políticos e governantes o povo continua acreditando no "Grito do Ipiranga". As crianças crescem ouvindo os bispos e autoridades políticas dizerem que o Brasil é um país pacífico e que "Deus" é brasileiro; quando adultos, os cidadãos continuam a repetir essa baboseira toda.
E lamentável constatarmos que entidades e instituições que estão no Brasil há quinhentos anos nada puderam fazer pelos brasileiros. Não obstante, parece que irão passar mais algumas centenas de anos até que os brasileiros se dêem conta de que é preciso romper com o passado (como há duzentos anos o fez o povo francês) para que possamos construir um futuro decente para a nação brasileira (BALREIRA, 1994).


A Ciência no Brasil de hoje é uma chocadeira. Produzimos gente de valor que vai ajudar outros países a se desenvolver (Alberto Santoro, 1941-, físico brasileiro).

A TENTAÇÃO PROIBIDA

Em todos os tempos católicos cultua-se e glorifica-se a pureza e dignidade de uma mulher chamada Maria que teve um filho sem ter tido contato sexual com seu companheiro que se chamava José. A cristandade fez dela um símbolo imaculado sem se dar conta do desdém e preconceito que essa idolatria causa às outras mães de todo o mundo. À luz da razão e da lógica, vejo isto como um insulto, uma agressão e, a rigor, um ultraje às outras mães que têm seus filhos normalmente através do contato sexual com seus respectivos maridos. Na melhor das hipóteses nossas mães sãos chamadas de levianas e promíscuas. Mas como querem, então, os religiosos que nós cresçamos e nos multipliquemos? Através do método "José e Maria" não é possível. Já ficou provado que esse método sobrenatural não dá certo com os humanos. A partenogênese também não acontece na nossa espécie. O que mais se aproxima é o "bebê-de-proveta", mas, infelizmente, esse método também é condenado pela Igreja, o que não deixa de ser uma tremenda contradição.
Tivemos sempre uma misteriosa conivência e uma grande tolerância para com os deuses e seus profetas. Nós, humanos, somos, de fato, os seres mais egoístas, perversos, hipócritas e destruidores da face da Terra, também os mais cínicos e fingidos. A única dentre todas as demais espécies que sorri; a única que mata e destrói por puro prazer. Somos tudo isso e muito mais, mas por ironia do destino os próprios profetas nos legaram um bom álibi e um ótimo atenuante: "Fomos criados a imagem e semelhança de Deus" (BALREIRA, 1994).


Religião é uma ilusão (Sigmund Freud, 1856-1939, fundador da psicanálise, um dos maiores cientistas de todos os tempos).
O MAIOR LADRÃO DO OCIDENTE!

Na última visita do Papa João Paulo II à Florianópolis eu estava lá, com o intuito de protestar contra a presença dele no Brasil. Havia lá na capital catarinense uma multidão, segundo estimativas, de cerca de trezentas mil pessoas reunidas para ver e ouvir Karol Woytila. Eu caminhei por entre a multidão e do supremo pontífice me aproximei uns cinqüenta metros, mais ou menos. Quando houve um silêncio sepulcral, na missa, eu gritei o mais forte que pude: "Papa, você é o maior ladrão do ocidente, vocês já estão no Brasil há quinhentos anos e o que fizeram por nós, se temos milhões de analfabetos e menores abandonados?". Foi quando um gigante de quase dois metros de altura me deu uma "gravata", mas eu estava com tanto ódio que fiz o gigante rolar no chão. Nesse ínterim, vislumbrei duas câmeras filmadoras se aproximarem, quando, quase que ao mesmo tempo, saltaram uma meia dúzia de policiais militares que me dominaram, me algemaram e me conduziram a uma viatura. Na delegacia de polícia eu prestei depoimento. A imprensa nacional e a internacional também estavam lá querendo saber de mim o porquê daquilo tudo.
Em toda a história das visitas papais na América do Sul eu havia sido o primeiro a se atrever tanto, por isso talvez a imprensa tenha me feito perguntas e me escutado por quase duas horas. Falei principalmente do meu desagrado com a política da Igreja Católica em relação ao planejamento familiar, ao aborto, e também, às suas atividades anticientíficas no passado e no presente.
Como poderia o Papa usufruir de milhares de benesses científicas, tais como vacinas, medicamentos, automóveis, aviões, luz elétrica, etc., e ao mesmo antagonizar de forma tão radical os anticoncepcionais, a única arma que a Ciência dispõe contra a explosão demográfica que ameaça destruir o planeta.
É bem verdade que, por mais de uma vez, João Paulo pediu perdão ao mundo pelos crimes que a Igreja Católica cometeu conta a humanidade, no passado. Por que, após essas confissões públicas, o Vaticano continua com tanto prestígio; os criminosos por acaso não devem ser punidos ou desprezados? Não é o que acontece com a Santa Sé, pelo menos nos países subdesenvolvidos a Santa Madre Igreja continua prestigiada a ponto de influir e intervir em assuntos de Estado. Não é à toa que na Europa ocidental os países mais atrasados são os predominantemente católicos, veja Portugal e Espanha, por exemplo, com altos índices de analfabetismo.
As elites católicas dominantes da América Latina não repartem o pão, tampouco as terras; não viram a outra face, e ainda respeitam a apologia da explosão demográfica através do "Crescei e multiplicai-vos". Na verdade, eles não deixam opção alguma para a erradicação da miséria e do analfabetismo.
Eu espero sinceramente que um dia nos livremos de uma vez por todas de doutrinas incoerentes e anticientíficas, que pregam a irracionalidade e a contradição, e que no maior descaramento e maquiavelismo conseguem agradar gregos e troianos; a espertos e incautos (BALREIRA, 1994).

Nota do autor: Este episódio aconteceu três anos antes de o papa João Paulo II pedir perdão ao mundo pelos crimes hediondos que a Igreja Católica cometeu no passado contra a humanidade e a contra Ciência.


Para me punir por meu desprezo pela autoridade, o destino fez de mim mesmo uma autoridade (Albert Einstein, 1879-1955, físico alemão).

O GRANDE EINSTEIN E OS VERMES RASTEJANTES

Recentemente, uma suposta biografia, de autoria de uma dupla de vermes rastejantes, tentou denegrir a imagem do grande, do genial Albert Einstein. Entre outras coisas, ele foi acusado de ser marido cruel, porco chauvinista e sifilítico. Então vejamos:
- Marido cruel. Quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, Einstein estava na Alemanha, onde lecionava; sua mulher e os dois filhos que se encontravam na Suíça ficaram impossibilitados de voltar à Alemanha. Esta separação forçada conduziu ao divórcio do casal. Porém, quando recebeu o Prêmio Nobel, no ano de 1921, Einstein, apesar de já estar vivendo com sua segunda mulher, doou o prêmio total, $ 30.000 (trinta mil dólares), para sua primeira esposa e filhos.
- Porco chauvinista. Em 1948 foi oferecida ao gênio da relatividade a presidência do Estado Israel, mas ele polidamente recusou (Einstein desprezava o dinheiro, a autoridade, e o poder).
- Sifilítico. Não recordo de ter lido em livro algum que esse mestre do universo tenha contraído sífilis. A sífilis, porém, é uma doença que atinge, no limiar do séc. XXI, uma boa parcela da humanidade. Não é crime, é uma enfermidade (BALREIRA, 1994).


Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes (WiIliam Shakespeare, 1564-1616, dramaturgo inglês).

MILHARES DE BETINHOS

Muitas pessoas confundem planejamento familiar com controle de natalidade, mas existem outras pessoas e instituições que confundem a opinião pública, de propósito, para atemorizar o povo. Essa sente não quer o planejamento familiar científico no Brasil porque sabem que o dia que isso acontecer nosso país dará um passo gigantesco em direção ao Primeiro Mundo. Não haverá mais miséria e pobreza e as pessoas e instituições medievais, que nunca passaram de parasitas da desgraça alheia, por certo perecerão.
Planejamento familiar tem pouco a ver com controle de natalidade. Este último se verifica quando o Estado limita, através de leis rígidas, o número de filhos que um casal pode ter. Esta medida extrema que a China, por exemplo, adotou serve para evitar que as pessoas nasçam uma por cima das outras, pois devido à avassaladora explosão demográfica naquele país a liberdade para procriar produziriam, sem dúvida, o caos, a confusão e a anarquia social. O problema da multiplicação humana era tão grave naquele país que não havia outra saída senão o controle da natalidade.
O planejamento familiar científico é coisa totalmente diferente. Toda a população brasileira assistiu escandalizada, há pouco tempo, pela televisão, a reportagem sobre uma mulher miserável que teve 27 filhos, 18 dos quais morreram, e os que sobreviveram estavam famintos e subnutridos. Aquela pobre mãe não tinha nem ao menos consciência de sua miserabilidade, pois apresentava um semblante sereno e resignado. Ao contrário das mulheres ricas e remediadas, as mulheres pobres e miseráveis não têm acesso aos métodos científicos de planejamento familiar.
Qual mulher poderia contribuir com a renda familiar gerando 20 ou 30 filhos? Entre incontáveis benefícios um plano governamental de planejamento familiar reduziria no mínimo 90% o número de abortos no Brasil, estimados entre 3 a 4 milhões por ano. Enquanto as mulheres pobres não tiverem acesso fácil aos métodos científicos de contracepção as futuras gerações de brasileiros verão ainda passar pela nossa mídia hipócrita e irresponsável milhares de Betinhos, irmãs Dulce, madres Teresa de Calcutá, etc. Será uma verdadeira história sem fim (BALREIRA, 1994).

Televisão, a maior maravilha da Ciência a serviço da imbecilidade humana. Apparício Torelly (Barão de ltararé,1895-1971, humorista brasileiro).


VOCÊ DECIDE?

De modo geral, a mentalidade das elites governantes dos países subdesenvolvidos é a mesma dos imperadores da Roma Antiga: "Pão e circo para a plebe". No Brasil, durante a ditadura militar, os governantes costumavam usar como termômetro o futebol, o carnaval e as festas religiosas, principalmente. Enquanto o povo estiver entretido, alegre e resignado não estará pensando em revolução ou guerra civil.
Os governantes brasileiros atualmente têm um instrumento mais sofisticado para estudar o pensamento do povo: é um misto de circo e confessionário chamado "Você Decide". O programa parece ter um bom nível de audiência, afinal o povo nunca perdeu as esperanças de decidir alguma coisa no Brasil.
As elites governantes, é claro, não vão à praça pública para opinar, tampouco usam o telefone para esse tipo de coisa. Primeiro porque elas têm para si um tipo de circo muito mais sofisticado, tais como cassinos, teatro, recepções, festas, viagens ao exterior, etc. Segundo, são elas mesmas, as elites, que decidem tudo no Brasil, não é segredo para ninguém que elas estão muito bem representadas nos três poderes.
Na verdade, o programa "Você Decide", da Globo, não precisa consultar o povo. Quando for o caso de ficar ou não ficar com uma mala alheia, cheia de dólares, por exemplo, a direção do programa poderá fazer uma pesquisa rápida no Congresso Nacional. Quando se tratar de decidir sobre um aborto é só consultar um padre, um bispo, um cardeal ou o próprio Papa. E assim por diante. Dessa forma tudo será mais simples para todos: para os diretores e artistas da Rede Globo, para a Telebrás, e, também para os entusiastas do "Você Decide" que ao saírem de casa para "decidir" estarão desperdiçando suas preciosas URV s (BALREIRA, 1994).


A Fraternidade é uma das mais belas invenções da hipocrisia social (Gustave Flaubet, 1781-1880, filósofo francês)

AS MOEDAS DA TRAIÇÃO

Não pode haver maior criminoso no mundo do que o sonegador de impostos. A sonegação é o pai, a mãe e o avô de todos os demais crimes. Dependendo do número de empresas de um sonegador, podemos afirmar, sem medo de errar, que este empresário é milhares de vezes mais criminoso do que aqueles psicopatas que matam dezenas de pessoas, devoram parte delas, e enterram os restos no fundo do quintal.
O sonegador é o principal responsável pelos milhões de menores abandonados, pela falência da Previdência Social, pelo desemprego, enfim, por todas as desgraças de uma nação. Sem o dinheiro dos impostos não há desenvolvimento, não há progresso, redistribuição de renda, emprego e justiça social.
Muitos sonegadores justificam a sonegação com a corrupção e a incompetência dos políticos e do Estado. Os políticos respondem alegando falta de verbas para os planos e projetos de desenvolvimento. Isso coloca o povo numa situação de impotência e desespero. A “Justiça” ou Poder Judiciário brasileiro não tem poder para colocar sonegadores e corruptos na cadeia. Os sonegadores fazem parte das elites brasileiras, e essas elites são cooperativistas e bem relacionadas entre si. A filha do juiz se casa com o filho do industrial cuja filha casa com o filho do fazendeiro. O filho do general se casa com a filha do deputado, e assim por adiante.
Só vai para a cadeia o ladrão comum, do povo, que geralmente não passa de uma vítima dos ladrões das elites. Cada vez que um ladrão da elite sonega imposto ou envia dólares para o estrangeiro, por debaixo dos panos, ele está fabricando milhares de ladrões comuns.
O povo deve descobrir uma fórmula de lutar contra esse tipo de coisa, antes que seja tarde demais. O nosso Brasil, por culpa das elites governantes está marchando a caminho de uma nova Nigéria, de uma nova Etiópia, Índia, África do Sul, etc., já está provado que o voto do povo brasileiro pouco ou nada está adiantando. As elites dominantes estão já há muito tempo infestando, parasitando, dominando a maioria dos partidos. O povo está escolhendo os políticos previamente apontados pelas elites. Desperta Brasil! (BALREIRA, 1994).
Minha intenção é demonstrar que a máquina celeste não é um ser divino, mas um relógio (Johannes-Kepler astronômico alemão).

ISAAC ASIMOV ERA ATEU!

Asimov é considerado o mais premiado e prolífico escritor de ficção científica e divulgador científico de todos os tempos (escreveu 470 livros). Para muitos cientistas, suas histórias foram mais do que ficção de boa qualidade; delas eles tiraram inspiração para criar a ciência moderna. Ateu, recusava crença de qualquer tipo - "duendes, diabos, anjos, bruxas", e dizia que a única coisa que merecia ser chamada de Deus era a racionalidade. "Houve um tempo que o mundo nos parecia repleto de inteligências superiores a nossa. Agora que sabemos tanto sobre o Universo, podemos nos concentrar nos males reais", disse Asimov. O grande gênio literário morreu em 6 de abril de 1992 (BALREIRA, 1994).


Nenhum reino conheceu tantas guerras civis quanto o reino de Cristo (Montequieu, 1689-1755, filósofo francês).
PAIVA NETTO FALOU, ACREDITE SE QUISER!

"Os fetos deformados não devem ser abortados. Eles precisam sofrer para corrigir erros tremendos de vidas anteriores. Sem superar essas provas, não podem progredir". Inacreditável! Isto equivale dizer que os massacres da Candelária e de Vigário Geral, bem como todas as desgraças humanas no planeta, devem continuar acontecendo, sem que possamos nos posicionar, ou lutar, contra tudo o que está errado. Concordar com o raciocínio do Sr. Paiva Netto seria admitir, por exemplo, que um médico jamais possa curar seu paciente, pois ele estaria interferindo nos desígnios de "Deus".
Esse psicopata na certa não avalia o sofrimento de uma mãe que tem um filho defeituoso. Ele (Paiva Netto) é quem deveria ter sido abortado. Hoje não estaria falando tais asneiras, tampouco blasfemando contra a Ciência, a razão, a lógica e a coerência (BALREIRA, 1994).


Os cientistas se esforçam para tornar possível o impossível. Os políticos, por fazer o possível, impossível (Bertrand Russel,1872-1970, filósofo e matemático inglês).

MANAUS NA IDADE DAS TREVAS

A hidrelétrica de Balbina, Philip M. Fearnside, Iama (Instituto de Antropologia e Meio Ambiente), São Paulo, 1991.
Para o autor, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o exemplo mais acabado da falta de um planejamento racional de desenvolvimento da região amazônica é a hidrelétrica de Balbina, no rio Uatumã. Para que sua construção fosse viabilizada foi necessário desalojar os índios Waimiri-Atroari que ali habitavam e inundar 2.360 quilômetros de floresta tropical que geram, em média, apenas 112,2 MW de eletricidade. Fearnside procura identificar os equívocos em torno da barragem, considerada mais uma obra faraônica, que exigiu esforços de uma sociedade inteira e praticamente não trouxe nenhum retorno econômico (BALREIRA, 1994).
Nota do autor: A referência acima ao livro de Fearnside foi matéria da página "Voz da Ciência", de L.C. Balreira, no Diário do Amazonas (Manaus-Am), em 24 de julho de 1994. Exatamente três anos antes dos "blackouts" que tanto massacraram a população de Manaus.


Prefiro ser um macaco evoluído que um filho de Adão degenerado (Paul Broca, cirurgião, neurologista, antropologista, fundou na França, em 1848, a Sociedade dos Livres Pensadores).

QUEM TEM MEDO DE LUCIANO MENDES?

Todo mundo sabe que a explosão demográfica acontece acentuadamente nas camadas mais pobres e miseráveis da população brasileira. Por questões puramente financeiras essas pessoas, ao contrário das mais abastadas, não têm acesso aos métodos anticoncepcionais científicos.
Um número gigantesco de mulheres em idade fértil, mas já com uma prole numerosa passando fome, implora a previdência social por métodos científicos e duradouros de contracepção (laqueadura de trompas, por exemplo), mas sempre recebem um "não" pela cara, a menos que consigam algum dinheiro para dar uma "ponta por fora” aos médicos.
O resultado desse tipo de repressão social é mais fome, violência, e mais tragédias, na vida de toda a nação brasileira. Todos são atingidos. O miserável, o pobre, o médio e rico. Nos países de primeiro e primeiríssimo mundo os casais chegam a juntar economias durante cinco anos antes de terem o primeiro filho. É por isso que eles pertencem ao Primeiro Mundo, porque usam os métodos científicos de planejamento familiar, porque respeitam à Ciência e dão importância aos cientistas.
Aqui no Brasil, infelizmente, nesse aspecto nos encontramos na Idade Média. Para agravar mais a situação do nosso país, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Sr. Luciano Mendes, entregou uma carta ao presidente da câmara dos Deputados (Inocêncio Oliveira), onde protesta contra a aprovação de um projeto que regulamenta o planejamento familiar.
"Dom" Luciano Mendes promete que removerá rios e montanhas para que o projeto não seja aprovado no Senado. Agora é de se perguntar: Que autoridade moral tem a Igreja Católica para exigir alguma coisa no Brasil? Essa empresa multinacional está aqui nos explorando há quinhentos anos, e o que nos deu em troca? Coisa alguma! E a prova disso é o estado de pobreza e miséria em que se encontra a imensa maioria do nosso povo.
E como vai a Igreja Católica? Vai muito bem, obrigado, é uma das instituições mais ricas do mundo! E no Primeiro Mundo, ela mete o bedelho em assuntos de Estado? Claro que não. Ela já foi expulsa de lá há muitos séculos por corrupção e crimes contra a humanidade. Atualmente, ela só é arrogante, pretensiosa e prepotente nos países do terceiro, quarto, quinto mundo, etc., onde reina a ignorância, o analfabetismo, a fome, a violência e a injustiça (BALREIRA, 1994).


A raça humana não pode suportar muita realidade (Thomas S. Eliot, 1888-1965, poeta inglês).

AIDS, HOLOCAUSTO SILENCIOSO.

Enquanto a cura da AIDS está sendo perseguida por cientista no mundo inteiro, pouca coisa, na prática, está sendo resolvida pelos canais (in) competentes da Saúde Pública. A sociedade brasileira sente que algo de podre está acontecendo no "reino" do HIV. Soropositivos, conscientes ou não de seu estado de saúde, estão podendo transmitir o vírus à vontade.
A quem pode interessar essa reação em cadeia que está acontecendo nesta epidemia? A quem interessa esse holocausto? Os lobistas estão favorecendo a propagação desta peste. Ganham os laboratórios que vendem os medicamentos, ganha a mídia que fatura com propaganda e com campanhas fantasiosas, emotivas e ineficientes, e sei lá quantos mais estão faturando com a desgraça alheia.
Todo mundo pode pedir a quem quer que seja qualquer tipo de exames laboratoriais para os mais variados fins, para detectar até mesmo doenças facilmente curáveis. Mas coitado do empresário que pedir um teste de HIV; todo mundo "cai de pau" em cima. Não resta a menor dúvida que o Brasil, "O maior país católico do mundo" é a Terra da hipocrisia, da canalhice, da corrupção e da irresponsabilidade.
Aqui neste inferno social a lepra se transformou num termo bem menos chocante "Hanseníase". A AIDS se transforma em "soropositivo" e tudo está resolvido, não há mais pressa, "são doenças como outras quaisquer". Não há quem possa dormir com um barulho desses! Se houvesse um inferno eu gostaria de mandar para lá todas essas malditas autoridades hipócritas, incompetentes, farsantes, e corruptas, das quais o Brasil está tão infestado (BALREIRA, 1994).

Nota do autor: Escrevi e publiquei este comentário, na página "Voz da Ciência", no diário do Amazonas, cerca de quatro anos antes de a Justiça brasileira demonstrar vontade de criminalizar a transmissão do vírus HIV, por portadores mal-intencionados da doença.


Prefiro o paraíso pelo clima, o inferno pela companhia (Mark Twain, 1835-1910, escritor americano).

O SILÊNCIO DOS INOCENTES
By L.C. Balreira

De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade que representa a Igreja Católica, os candidatos a cargo eletivos são eleitos quase sempre na base de promessas e favores. Vai ver então que os candidatos aprenderam essas coisas feias com a própria Igreja que chegou até mesmo a vender cadeirinhas no céu para os idiotas. A Igreja prometia o perdão de todo pecado em troca de ouro.
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Com relação ao machismo, a CNBB informa que "No Brasil, é muito forte a idéia de que o homem é que manda na natureza, na economia, na família e na religião. Ele se considera o dono das mulheres e das coisas". Em verdade vos digo: quem começou com essa história foi a própria Bíblia ao dizer que a mulher foi feita de uma costela de Adão (dependente do homem, portanto). Os livros sagrados estão repletos de argumentos que colaboram com a escravidão das mulheres. O próprio papa João Paulo II não quer nem ouvir falar em mulher rezando missa.
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No tocante ao racismo, o Setor da Pastoral da CNBB explica que "os negros e índios são considerados incompetentes, feios e preguiçosos. Por isso têm menos oportunidades no trabalho, nas escolas, nas universidades e na direção de partido político, bem como nas forças armadas e nas igrejas". Será que a CNBB está deixando que a Pastoral critique a própria Igreja e está disposta a optar de fato pelas classes desfavorecidas; ou está mais uma vez fazendo demagogia? É a própria História que nos revela que a Igreja Católica se tornou rica e poderosa à custa da escravidão dos índios, dos negros, e de todos os seus fiéis. Por acaso não foi a Igreja que exterminou as religiões e crenças "heréticas" e "pagãs" dos índios, impondo a ferro e fogo a figura de Jesus Cristo, e o próprio catolicismo? Quantos cardeais negros ou índios existem na Igreja Católica?
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As universidades da Igreja Católica (PUCs) estão se recusando a mostrar suas planilhas de custos, escondendo o grande lucro que estão tendo. Essas universidades privadas recebem grandes recursos públicos, e a PUC gaúcha, por exemplo, é a segunda maior beneficiária destes recursos. Essas universidades estão desafiando as normas do Plano Real, sabotando-o descaradamente.
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Os colégios da Igreja Católica têm tanto lucro que os seus diretores fazem emissão ilegal de divisas para o Vaticano, sangrando mais ainda, o povo brasileiro e sua economia.
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O povo brasileiro, pobre e sofrido, é o único que tem moral para apontar e protestar contra tudo que está errado no Brasil A Igreja Católica está há quinhentos anos de mão dadas com as elites brasileiras, explorando e mentindo para o povo.
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Durante o '"Debate Presidente", na rede Bandeirantes, o presidenciável Orestes Quércia disse que quando foi governador de São Paulo fez a "planificação" familiar sob a orientação de "Dom" Luciano Mendes. Quanta mediocridade e medievalismo juntos.
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Existem muitos espiões travestidos de missionários vivendo em nossa floresta amazônica. Eles enviam nossas plantas medicinais para os laboratórios estrangeiros. Quando tais medicamentos chegam de volta até nós (sintetizados e industrializados) somos obrigados a pagar royalties. Às vezes nosso país parece mesmo ser um deserto de homens e de ideias.
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A assinatura de um advogado num contrato social Ltda. (micro-empresa) está valendo cerca de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Quem faz todo o trabalho, porém, é o contador. É aquela velha história: "Trabalha o feio prô bonito comedor". Quem inventou essa patifaria na certa não foram os representantes do povo, mas sim dos quatrocentos e cinquenta mil advogados inscritos na OAB.
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Apesar da situação dramática em que vive a maioria do povo brasileiro, Dom Luciano Mendes, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), está sempre rindo e bem humorado. Recentemente, ele admitiu publicamente que muitos padres fazem sua "fezinha" na contravenção do jogo-do-bicho. O religioso parece ter esquecido que "Deus" não gosta de lucro fácil ("Comerás o pão como suor do teu rosto"). Dom Luciano esqueceu-se de salientar outros “pecadinhos” da Igreja. Vamos citar apenas mais dois deles: A venda de droga (álcool) nas festas e quermesses das paróquias e o "Carnaval com Cristo", que não é nenhum retiro espiritual durante o carnaval "pagão", mas sim uma festa de verdade, com samba, dança e tudo mais.
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Todo aquele que tem um mínimo de inteligência não pode confundir explosão demográfica que "cresce menos" com índices equilibrados de crescimento populacional, como acontece nos países do Primeiro Mundo, tais como Alemanha, Inglaterra, Suécia, Noruega, etc., lugares estes onde a maioria absoluta das mulheres programa cientificamente o número de filhos.
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Há poucos dias o Brasil estremeceu novamente. Desta vez com notícias informando que crianças estão sendo transformadas em eunucos, ou seja, meninos estão sendo castrados. As pessoas, porém, ainda não estão acreditando que tal aberração possa estar acontecendo de fato. Todos que têm filhos pequenos devem ter sentido calafrios pelo corpo todo quando leram tais notícias, pois isto nos conduz de volta à Idade das trevas onde imperava o terror e a barbárie. Ninguém poderia supor que em pleno final do século XX ainda pudesse existir na espécie humana espécimes tão monstruosos e degenerados. Por outro lado, o indivíduo que comete esse tipo de violência contra uma criança também não pode ser classificado em nenhuma espécie animal conhecida. Nenhuma besta selvagem, réptil ou inseto seria capaz de tamanha bestialidade. Que tipo de pena poderia ser aplicada a tais criminosos?


Um argumento a favor do diabo: É preciso recordar que nós ouvimos só uma versão da história. Deus escreveu todos os livros (Samuel Butler, 1835-1902, escritor inglês).

SATANÁS, O AMIGO DOS DEUSES
By L.C. Balreira

O entardecer estava chegando àquela região da América Latina. Lá em cima, na atmosfera, o Satanás e um arcanjo travavam uma luta violenta com suas espadas de fogo. De repente o satã é ferido com gravidade e começa a perder altura. Caiu numa área de macegas e arbustos, não muito distantes de uma igrejinha isolada. Ele estava desatinado e se contorcendo de dor. Mesmo assim, conseguiu ver o padre se aproximando pela trilha, vindo do vilarejo. Já estava bem escuro; o pobre diabo gritou:
– Padre! socorro!!
O padre, com medo, pensando tratar-se de um bandido, apressou os passos.
– Padre! – continuou o '"coisa ruim" – sou eu, seu velho amigo e conhecido, ajude-mel
O padre, desconfiado, foi se aproximando com cautela. Quando se deparou com o demônio, ficou espantado.
– “Maldito” – exclamou o padre – você é o maior inimigo da Igreja, como pôde usar de truque tão baixo?
– Padre, deixe de ser ingênuo; a Igreja não poderá jamais viver sem mim!
– o que está dizendo?! – retrucou o padre – você está completamente louco!
– Não, padre, – discordou o "príncipe das trevas" ­apesar de muito ferido, eu nunca estive tão lúcido. Escute padre! Eu preciso da sua ajuda, se eu morrer sua Igreja morrerá também. Se eu morrer, ninguém mais precisará de vocês. Pense bem, meu amigo, a sua Igreja sempre apavorou o mundo com o meu nome, e é por medo de mim que o colono lhes dá parte de sua colheita; os fiéis lhes dão o dizimo por causa do pavor que eles têm de mim!
– E ainda tem mais, padre – continuou Lúcifer – aqueles padres que acreditam de fato na Igreja e em Deus e que amam o próximo, jamais saem de um fim de mundo, como este aqui. Eles acabam com a batina esfarrapada, remendada; são desprestigiados pelo Vaticano. Somente aquele padre explorador, ambicioso e inescrupuloso chega ao cardinalato. Por isso sua Igreja é tão rica, tão poderosa, tão influente... Assim Lúcifer continuou falando, até que alguns minutos mais tarde o padre foi visto entrando na igrejinha, com alguém nas costas, como se estivesse carregando uma cruz muito pesada.



Nota do autor: O conto "Satanás, o amigo dos deuses" foi inspirado no conto “O satã”, de Calil Gibran. Foi publicado no Diário do Amazonas, em 1992, 18 (dezoito anos antes da série “Os Bórgias”, no TNT).
Se Deus é bom não pode ser' o autor de todas as coisas que acontece ao homem (Platão - filósofo grego).

O REVISIONISMO HISTÓRICO

Um dos mais importantes fenômenos de comunicação de massa é o Revisionismo Histórico, que começou a varrer as três Américas a partir de 1992, às vésperas do quinto centenário de sua descoberta. Ou, como se diz agora, de sua invasão pelos europeus, já que a glória da verdadeira descoberta cabe aos próprios índios que aqui chegaram, através do estreito de Behring, pelo menos 40.000 anos antes.
Além da ferocidade bestial com que tratavam os nativos indefesos, os colonizadores trouxeram consigo da civilização européia apenas a força, a fogueira e a espada, além da tuberculose e da varíola, o que fez deles os fundadores da maior empresa de genocídio e devastação ambiental da história da humanidade.
A "ferocidade", "paganismo" e "preguiça", atribuídos de forma irreal aos indígenas pela História Oficial, perderiam longe para muitos hábitos e costumes europeus. Para citar apenas um exemplo: A Santa Inquisição da Igreja Católica se constituiu na mais cruel e "diabólica" máquina dos horrores criada pelo ser humano, em todos os tempos.
O Revisionismo Histórico poderá, portanto, acertar os ponteiros enlouquecidos do relógio da história imposta pelos vencedores, que continuam escravizando os trabalhadores do século XX. A disparidade entre o salário do operário e o do juiz é a mesma do tempo da escravidão colonial. E, podemos estar certos de que, se fizermos uma analogia entre a colônia e a república, encontraremos reciprocidade em tudo. Não resta a menor dúvida de que o caráter das elites escravagistas do Brasil colonial está refletido no espelho das elites exploradoras do Brasil de hoje (BALREIRA, 1994).


Para alguns, a Ciência é uma deusa enaltecida; para outros é apenas uma vaca que lhes dá a manteiga (Friedrich Von Schiller).

VIVA GALILEU GALILEI!

Há três séculos, o físico italiano Galileu Galilei (1564-1642) foi condenado pela Santa Inquisição da Igreja Católica, por ter concordado com a teoria de Nicolau Copérnico (1473-1543), que afirmar que a Terra gira em torno do Sol. Na época, prevalecia a idéia oficial da Igreja na qual a Terra era o centro do Universo. Giordano Bruno, que também se atreveu a dizer que não era o sol que girava em torno da Terra, foi torturado e queimado vivo pelos leões-de-chácara do Papa. Galileu teve mais sorte. A pena foi a proibição de seu livro "Diálogos sobre os dois maiores sistemas do mundo – Ptolomeu e Copérnico" e prisão perpétua, que cumpriu até a sua morte. Esse crime contra a Ciência e contra a humanidade só foi reconhecido parcialmente pela Igreja em outubro de 1992. Os documentos que incriminaram o cientista, publicados em 1984, pela "Academia Pontifícia de Ciências" chegam agora ao Brasil, comentados pelo padre Sérgio Pagani e pelo professor Antônio Luciani, ambos italianos.
É difícil de compreender as razões que levam uma instituição tão criminosa como a Igreja Católica ter tanta riqueza, poder e influência em pleno final do século XX. É bem verdade que o Papa João Paulo II, em suas viagens pelo mundo, já pediu várias vezes perdão por todos os crimes praticados pela Igreja. De nada adianta, porém, ele pedir perdão se a instituição que ele representa não quer mudar, não quer evoluir. A Igreja Católica continua anticientífica, gananciosa e exploradora. Pode-se até mesmo aceitar que Cristo tenha sido um revolucionário político de primeira linha. Mas, na certa, Cristo não foi um deus onipotente e onisciente. Se tivesse sido, teria se recusado a nascer para evitar que a Igreja cometesse tantos crimes hediondos em seu nome. Assim não dá, senhor Karol Woytila! (BALREIRA, 1994).

Nota do autor: No mês de agosto do ano de 1993, o papa João Paulo II desculpou-se pelo apoio da Igreja Católica à escravidão de negros africanos.



“Deus não é compatível com a maquinaria, a medicina e a felicidade universal. A gente tem que escolher. Nossa civilização escolheu a maquinaria, a medicina e a felicidade” (Aldous Huxley, 1894-1965, escritor inglês).

Piramidologia

O astrônomo americano Carl Sagan, uma das mentalidades científicas mais brilhantes do nosso século, comentou: “A mais recente manifestação de interesse pelas pirâmides chama-se “piramidologia”. Argumenta-se que os aparelhos de barba e os seres humanos se sentem melhor e duram mais dentro de pirâmides do que dentro de cubos. Talvez. Eu, pessoalmente, acho muito aborrecido viver dentro desses cubículos. Durante a maior parte de nossa história os humanos não moraram dentro de tais lugares. Os argumentos dos entusiastas da piramidologia, porém, jamais foram constatados sob condições apropriadas de controle. De novo, o ônus da prova não foi alcançado” (Broca’s Brain. Tradução: L.C.Balreira).

Broca's Brain: Reflections on the Romance of Science by Carl Sagan (Mass Market Paperback - February 12, 1986).


Projeção Astral

Segundo Carl Sagan, a projeção astral seria de facílima comprovação, se ela existisse de fato. Bastaria colocar um livro no alto de uma prateleira, com o título voltado para o teto, de modo que não pudesse ser visto do solo. Para aquele indivíduo, cujo “espírito” pudesse sair do corpo e flutuar pelo ambiente (“projeção astral”), seria muito fácil ler o título do livro e, depois de ter voltado ao corpo – junto ao solo –, mencioná-lo (SAGAN, 1986). Portanto, no dia em que alguém fizer isso pode-se crer que os cientistas não só aceitarão as evidências como também ficarão muito felizes pela comprovação de algo tão fantástico (SAGAN, 1986). (Tradução: L.C.Balreira).
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Sonho Premonitório

Durante o sono, à noite, uma pessoa sonha com a queda de um avião. Durante o café da manhã ela comenta o sonho na presença de várias pessoas. Ao meio-dia acontece um desastre aéreo no aeroporto da cidade. Alguns dias depois toda a população fica sabendo que o desastre foi “profetizado”. De acordo com cálculos matemáticos e pesquisas, milhões de pessoas sonham todos os dias com desastres aviatórios, mas felizmente nem sempre eles acontecem. Dificilmente as pessoas espalham aos quatro cantos que foi sonhada uma tragédia que não aconteceu. A primeira hipótese, porém, os supersticiosos chamam de “sonho premonitório” (SAGAN, 1986). (Tradução: L.C.Balreira).


“Um cientista eminente anunciou que, em sua opinião, vida inteligente é possível em muitos planetas - inclusive na Terra” (anônimo).

OS DEUSES DEVEM ESTAR LOUCOS!

É estarrecedora a situação em que se encontra o povo amazonense. O Distrito Industrial já há vários anos não é mais o mesmo. Milhares de operários e funcionários que perderam seus empregos continuam desempregados. A Zona Franca de Manaus mais parece uma cidade fantasma. O Turismo e a hotelaria no Amazonas estão completamente falidos. Enquanto isso, a terrível lepra se desenvolve de maneira implacável, mesmo tendo os cientistas já, há muito tempo, descoberto a cura de tal doença.
Por outro lado, a população de Manaus está sem a liberdade de ir e vir, pois a ex-rodovia que ligava esta capital ao sul do país está virada num verdadeiro brejo. Os escândalos financeiros, a corrupção, o empreguismo familiar, a incompetência, e o enriquecimento ilícito estão cada vez mais escandalizando os amazonenses. As máfias que tomaram conta da vida e do destino do povo estão tocando fogo em tudo. Não escapa nem mesmo os fóruns e a Suframa.
Os amazonenses, mesmo vivendo no maior, mais rico, mais fértil estado brasileiro ainda estão importando 80% dos alimentos que consomem. Há poucas semanas, os amazonenses ficaram perplexos e boquiabertos ao ver um pai desesperado a exibir diante das câmaras de TV o cadáver de seu pequeno e amado filho. A tragédia aconteceu devido ao descaso e ao caos em que se encontram as previdências sociais, do Estado do Amazonas e do município de Manaus. Muitos demagogos costumam beijar as criancinhas, durante as campanhas políticas. Para fazê-lo, porém, é preciso amá-las de verdade.
É difícil acreditar que apesar dos milhares de problemas que o povo enfrenta foram gastos 6 milhões de dólares na cobertura de um circo (sambódromo[*]). Os deuses devem estar loucos! Sem dúvida alguma (BALREIRA, 1994).


“A Ciência é alma da prosperidade das nações e a fonte de vida do progresso” (Louis Pasteur)

APOCALIPSE NOW?

A luta entre os antibióticos e micróbios nos dá uma visão clara de um perigo avassalador que espreita a humanidade: as mutações genéticas dos micróbios e a incapacidade progressiva dos antibióticos em detê-los. A qualquer momento pode surgir um micróbio tão ou mais devastador do que aquele causador da peste negra ou bubônica que dizimou um terço dos habitantes da Europa medieval.
No filme “A guerra dos mundos”, um clássico do gênero, do cinema americano, os E.T.s ou alienígenas que invadiram a Terra só foram derrotados (mortos) pelos micróbios em suspensão na atmosfera. Depois da vitória dos “micros terráqueos” sobre os inimigos, um padre, personagem da estória, chamou os micróbios de “criaturinha de Deus”. Acontece que essas criaturinhas sempre foram genocidas, matando e eliminando uma significativa parcela da humanidade.
A ciência sempre lutou contra essas “criaturinhas de Deus”, em  defesa da vida humana; Os cientistas, portanto, precisam, cada vez mais, ser ouvidos, compreendidos e valorizados (BALREIRA, 1994).


 “Os diabos se dividem em anjos decadentes e em gente que faz carreira” (Stanislaw Jersy Lec, 1909-1966, escritor polonês).

OS MONSTROS E OS CANALHAS

O canalha-bonzinho é um tipo de governante fatalista e resignado. Justiça social? Nem pensar! Para ele, a pobreza e a miséria já existem há milhares e milhares de anos e é impossível mudar a situação. Geralmente os canalhas-bonzinhos nutrem um sentimento inconsciente de ódio e desprezo pelo povo. Eles se acham “o máximo”, estão sempre alegres e otimistas. Eles costumam justificar qualquer tragédia ou sinistro (mesmo aqueles totalmente evitáveis) dizendo, com a maior tranquilidade: “Isto já aconteceu antes em outros países”. Eles costumam ter uma desculpa esfarrapada para tudo.
No final de um determinado tempo, o canalha-bonzinho deixa o povo numa situação tão grave que aparece o “monstro” se propondo a retirar toda a lama e a sujeira acumulada. O monstro, ao contrário do canalha-bonzinho, é um eterno pessimista e está sempre de cara amarrada. Para ele, está tudo sempre errado, é um insatisfeito em potencial. O monstro quer a perfeição social a qualquer preço.
Os monstros geralmente não são ladrões e nem corruptos, mas sua crueldade não encontra limites. O próprio Adolf Hitler encomendou aos cientistas um método indolor para a morte das lagostas; com os seres humanos, porém, ele passou a não ter a menor piedade. Quando o planejamento familiar, por exemplo, não foi instituído pelo canalha-bonzinho o monstro se vê obrigado a eliminar todo aquele que for contra o controle da natalidade. Hoje, todos nós sabemos que enquanto os monstros e os canalhas-bonzinhos, que tanto se revezam no poder, não seguirem métodos científicos e harmoniosos na condução dos assuntos do povo, eles jamais deixarão de ser monstros e canalhas; inimigos tão ferrenhos, semelhanças e afinidades tão estreitas (BALREIRA, 1994).


“Alguns vencem por seus crimes, outros são derrotados por suas virtudes” (William Shakespeare, 1564-1616, dramaturgo inglês).

O SÍMBOLO SEXUAL DA TV GLOBO

O “Fantástico” da Rede Globo fez uma entrevista com o Comandante Marcos, líder guerrilheiro do Exército Zappatista, no México. A TV Globo aproveitou para mostrar a todo o Brasil e também para uma cadeia de televisão americana a pobreza e a miserabilidade em que vive uma parte étnica da população cuja causa estava sendo defendida pelos revoltosos.
Aqui, no Brasil, durante a ditadura militar de 64, nós tivemos uma versão do Cmte. Marcos. O nosso Robin Hood era Carlos Lamarca, um capitão do Exército Brasileiro que resolveu se “estabelecer por conta própria”, levando consigo um caminhão QT abarrotado de armamento e munição.
Independentemente de ideologias, pode-se dizer que o capitão Lamarca teve uma vida bem mais espetacular e movimentada que a versão mexicana que nos foi apresentada. Para que tenhamos uma ideia, certa vez, Lamarca e seus homens se depararam com 20 mil soldados do Exército Brasileiro os quais foram tentar destruí-lo. Por mais incrível que possa parecer, ele saiu dessa batalha “vivinho-da-silva”.
Outra vez, ele roubou dois cofres, com milhões de dólares, do apartamento da amante do governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Detalhe: o lugar ficava no alto de um arranha-céu. Os dólares eram da caixinha da corrupção do governador (no Brasil a corrupção é tão antiga quanto a miséria e escravidão do povo).
No entanto, nenhum repórter da TV Globo quis jamais entrevistar o capitão Lamarca, muito menos torná-lo um símbolo sexual para as mulheres brasileiras, como foi proposto ao encapuzado líder da guerrilha mexicana, pelo repórter Paulo Henrique Amorim. No Brasil as coisas continuam na base do salve-se quem puder. O povo é quem está certo quando diz: “Pimenta nos olhos dos outros é colírio” (BALREIRA, 1994).


“Justiça atrasada não é Justiça, senão injustiça qualificada e manifesta” (Rui Barbosa, 1849-1923, jurista brasileiro).

BRASIL, O ANTRO EM QUE VIVEMOS PERIGOSAMENTE

Enquanto a população dos países ricos dobra a cada 111 anos, bastam 34 para que ela dobre nos países do Terceiro Mundo. Dos 3,2 bilhões de pessoas que deverão nascer nas próximas três décadas, conforme estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 200 milhões viverão nos países desenvolvidos. Os 3 bilhões restantes tentarão a sobrevivência nas regiões mais pobres e miseráveis da Ásia, África e América Latina.
Hoje, os países pobres abrigam 75% da população. Metade dela concentra-se em seis países: China, Brasil, Índia, Indonésia, Bangladesh e Nigéria. Aqui, a população alcançou a marca dos 150 milhões. Na centenária Maternidade de São Paulo nascem de 16 a 20 mil bebês por ano. A assistente social Marizabel Torres observou, após circular pelos corredores do hospital, que entre 66 mulheres, apenas seis estavam alojadas na ala particular. Os pobres e os miseráveis continuam tendo mais filhos.
As famílias de baixa renda e pouca escolaridade são as que mais procriam no Brasil (5,4 filhos, em média, por mulher), já está mais que comprovado que essas pobres mulheres querem ter acesso ao planejamento familiar. Forças reacionárias e retrógradas como a Igreja Católica, porém, não admitem métodos científicos de contracepção. Quando se trata de doutrina a Igreja prega pelo método sobrenatural, quando o assunto é planejamento familiar ela prega método naturais ( impraticável no estilo moderno de vida).
O médico Nilson Roberto de MeIo, responsável pelo Setor de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas de São Paulo e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, critica a Igreja Católica: “Ao admitir apenas os métodos naturais de anticoncepção, a Igreja traz um malefício terrível” ... “já vi, em Fortaleza, uma menina de 15 anos com três filhos”.
Em consequência disso, os pobres do Brasil estão sofrendo um verdadeiro holocausto. Ao invés de terem a possibilidade de impedir a fecundação do óvulo, as pobres mulheres brasileiras estão sendo obrigadas a ver seus filhos sendo “desovados”, aos milhares, nas penitenciárias, nos terrenos baldios, nos morros (guetos), varadouros, etc. Mortos, bem depois de terem nascido, depois do apego à vida, ao consumo, a tudo de bom que o capitalismo porco e selvagem do Brasil pode oferecer a uma minoria apenas.
Por outro lado, as mães da classe média também têm seus filhos assaltados e mortos pelos filhos das classes pobre e miserável (assaltados também pela classe política). E isto não é justo, pois a classe média, de modo geral, costuma fazer o planejamento familiar científico para evitar que seus filhos se tornem bandidos ou párias da sociedade.
O cientista José Goldemberg, ex-reitor da Universidade de São Paulo, afirma: “O que a experiência dos últimos 20 anos mostra é que o melhor contraceptivo não é o desenvolvimento, mas o uso de contraceptivos”. De fato, o primeiro passo para o desenvolvimento econômico, social e cultural de um povo é o planejamento familiar e a paternidade responsável na célula base de uma nação, que é a família.
O Estado já está há muito tempo, na teoria, separado da religião. Está na hora de pôr em prática essa lei. Está na hora, também, de estabelecermos de maneira firme e insofismável o planejamento familiar e a paternidade responsável no Brasil (BALREIRA, 1994).
“Não amo a Deus porque não o conheço e não amo o próximo porque o conheço” (Montesquieu, 1689-1755, filósofo francês).

O UMBIGO DE JESUS CRISTO

Durante a Semana Santa, temos sempre com mais intensidade, a oportunidade de ver a figura do Cristo reproduzida através da pintura, da escultura, do cinema, etc. Este ano (1994), na Semana Santa última, nos foi permitido até mesmo assistir pela TV uma reportagem onde o “Salvador” da humanidade foi hipoteticamente colocado nas condições de Deus, profeta e revolucionário político.
Desde a mais tenra idade nos foi ensinado que Cristo era o filho de Deus, portanto, um Deus também. E, embora seja considerado filho de Maria e José, Ele não foi gerado através da relação sexual, da maneira de nossos pais, “pobres pecadores”. Poderíamos então, deduzir que Jesus, pertencendo à estirpe dos deuses, tenha dispensado o cordão umbilical, tão característico do reino animal.
No entanto, podemos observar que as artes reproduzem o menino e o homem-deus com um umbigo, tão característico da espécie humana. Será que os artistas estão profanando a ideai da condição divina de Jesus Cristo? Ou será que o “homem” de Nazaré pertenceu de fato e de direito à espécie humana?
Um dia, talvez, tenhamos acesso, de uma forma ou de outra, à história real dessa figura tão miraculosamente difundida no Ocidente. É possível, até, que antigos pergaminhos*, como aqueles encontrados nas cavernas do Mar Morto, possam um dia nos dizer onde estava Jesus o Jesus histórico, pelo menos, entre os 12 e 33 anos. Por que ele tinha pele e olhos tão claros (como quer Paiva Netto), já que “nasceu” entre um povo com características tão diferentes?
Ou, então, possa pelo menos nos dizer por que o “Salvador” não voltou ainda para acabar o serviço que deixou pela metade (BALREIRA, 1994).


“No Brasil há um luxo grosseiro a par de infinitas privações de coisas necessárias” (José Bonifácio de Andrada e Silva, 1763-1838, estadista brasileiro).

MEUS PÊSAMES, BRASIL!*

O sultão de Brunei, país que fica sobre um superlençol de petróleo, possui uma fortuna de 37 bilhões de dólares. Graças à exportação de gás e petróleo, o sultão ganha muito mais dinheiro do que necessita para pagar as despesas de um território tão pequeno. A população (217 mil habitantes, aproximadamente) não paga impostos. Transportes, saúde e educação são gratuitos. Mesmo assim, ainda sobra cerca de 1 bilhão para aquela Majestade investir no exterior. O retorno é garantido, graças aos juros.
O Brasil poderia estar numa situação tão privilegiada quanto o sultanato de Brunei. Embora não tenhamos tanto petróleo e gás, vivemos no maior país do mundo em terras cultiváveis. O Proálcool, por exemplo, foi um projeto que poderia facilmente ter nos conduzido ao Primeiro Mundo. O “nosso” país não só teria sua frota de transportes movida por um combustível próprio, de fonte renováveis, e menos poluente, mas seria também um grande exportador de álcool e veículos movidos por tal combustível.
A produção nacional de petróleo seria endereçada à petroquímica brasileira, e ainda sobraria petróleo para exportar. O Proálcool, porém foi covardemente sabotado pelos traidores de nosso povo, que deixou, mais uma vez, de dar um salto em direção ao futuro. Parabéns aos traidores. Meus pêsames, Brasil!


“A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela” (Max Frisch, 1911-1991, escritor suíço)

O CONTO DE FADAS DA TV GLOBO

Há poucas semanas, todo o Brasil teve a oportunidade de assistir pela TV Globo uma reportagem sobre a família Kennedy. O repórter (Paulo Henrique Amorim) passou quase que o programa todo se perguntando: Como, um fracassado, um perdedor, um débil mental como Lee Oswald pôde ter matado um vencedor, um “príncipe” como John Kennedy? Se Lee Oswald era um débil mental, o que se poderia dizer dos homens responsáveis pela segurança do presidente, já que eles dispunham de bilhões de dólares para fazê-lo?
Lee Oswald era um homem fanático, ele tinha uma causa, uma doutrina. Os fanáticos, porém, não são loucos, tampouco debiloides; são, isto sim, perigosos para seus inimigos. A família Kennedy, em particular, nos foi apresentada pelo Globo Repórter sob a óptica de um emocionante conto de fadas. Mas todos nós sabemos que a realidade sempre é bem diferente. Vamos lembrar ao repórter da TV Globo que os laços entre a família Kennedy e a Máfia remontam à época da Lei Seca, quando o pai de John, Joseph kennedy, fez fortuna com o tráfico de drogas (o tráfico de uísque, ou qualquer outra bebida alcoólica era tão criminoso naquela época quanto o da cocaína atualmente).
John Kennedy, por sua vez, apesar de sérios problemas na coluna vertebral, não poupava esforços para botar chifres na cabeça da coitada da Jaqueline. Em público, porém, o casal sempre se comportou como dois pombinhos católicos.
As amantes mais famosas do presidente Kennedy eram lindas de fato. Uma delas foi a superstar Marilyn Monroe, que também foi amante de Robert, irmão de John e Ministro da Justiça norte-americana. A infeliz Norma Jean (verdadeiro nome de Marilyn), como se sabe, teve um fim dramático; provavelmente foi assassinada. A autoridade máxima dos Estados Unidos da América, a Catedral do Capitalismo, tinha outra amante (Judith Exner) que pegava das mãos dele malas cheias de dólares e as entregava a Salvatore Giancana, chefão da máfia.
Isto está parecendo mais o “samba do crioulo doido” do que um conto de fadas, não é mesmo? A “princesa” Jaqueline, depois da morte do “príncipe”, casou com um velho feio e míope que mais parecia um sapo. Em compensação era um dos homens mais ricos do planeta. Seu nome, Aristóteles Onassis que, a exemplo de Joseph Kennedy, também começou sua fortuna com o crime. Foi contrabandista e deve ter sido também sonegador, especulador, atravessador, etc.
Certos setores da mídia adoram criar mitos para o povo. O povo, porém, já não suporta mais esses ídolos com pés de barro cujo habitat natural é o mar de lama (BALREIRA, 1994).



“A Ciência rivaliza com a mitologia em milagres” (Ralph Waldo Emerson, 1803-1882, escritor americano).

O BAÚ DA FELICIDADE DOS ESPÍRITOS

É estarrecedor o baixo nível do sensacionalismo de alguns setores da mídia brasileira. Já não basta aquele famigerado e quinto-mundista “Aqui Agora”, onde a desgraça do povo se transforma num espetáculo circense, onde “trapezistas” se jogam do alto dos edifícios sem rede alguma para ampará-los, a não ser a do SBT, é claro.
Agora eles também querem causar arrepios no telespectador tirando do baú velhas e surradas teorias sobrenaturais. Ultimamente a preferência tem sido “a vida depois da morte”. Domingo passado foi a vez do Sílvio (Abravanel) Santos, aquele do prêmio “Nobel de Química”, por ter feito uma alquimia no domingo brasileiro, transformando-o numa “merda”.
Pois bem, Sílvio Santos nos apresentou um cirurgião incompetente que admitiu ter quase matado a própria sogra, e outro paciente que estava com ele naquele programa dominical. Durante o tempo em que “ficaram mortos” na mesa de cirurgia eles começaram a fazer uma viagem doce e psicodélica em direção à outra vida (só não sabemos se para o passado ou para o futuro). Para azar dos “mortos”, que estavam adorando a viagem, eles foram revividos na sala de cirurgia e seus “espíritos” tiveram que retornar às pressas para o asqueroso capitalismo selvagem brasileiro.
O especialista em “vida após a morte” do SBT, também se declarou parapsicólogo, mas não nos disse de qual tipo. Existe a parapsicologia eclética (Católica), a Espírita, e muitas outras. Porém, todo mundo sabe que a parapsicologia mais avançada é a Russa, que jamais constatou um indício sequer da existência de vida após a morte, tampouco constatou a presença de anjinhos batendo asas no céu.
Cirurgiões e cientistas mundialmente conceituados e respeitados já estão cansados de explicar que esses fenômenos virtuais relatados por pacientes operados não têm coisa alguma de sobrenatural; eles estão diretamente relacionados às drogas introduzidas nos pacientes antes e durante a cirurgia, bem como à psicologia dos mesmos.
É por essas e outras que o “nosso” país se encontra no mais completo caos social, econômico, moral e cultural (BALREIRA, 1994).


“Todo mundo fala de progresso, mas ninguém sai da rotina” (Émile de Girardin, 1806-1881, jornalista francês)

A IGREJA CATÓLICA CONTRA OS ANTICONCEPCIONAIS

Os padres e os dignitários da Igreja Católica não têm filhos, para que possam se dedicar exclusivamente ao Vaticano. Eles não sofrem na carne problemas que afligem a família brasileira. A Igreja é uma empresa internacional, multinacional, portanto, não tem preocupações com nacionalidade e patriotismo. A Igreja é uma grande latifundiária. Aluga milhares de casas e apartamentos. Essa organização possui milhares de colégios e escolas, centenas de Universidades. É acionista de grandes empresas, possui banco particular, o Banco de Deus, enfim, a Igreja tem tudo, enquanto a maioria absoluta do povo brasileiro está com sérios problemas, que foram se acumulando desde o descobrimento do Brasil. E a Igreja vem acumulando cada vez mais riquezas e poderes desde aquela época.
A Igreja se manteve calada e conivente com o poder, inclusive, na época da escravidão dos negros do Brasil colonial. Cristo tolerava a escravidão? Hoje, na era moderna, os padres e dignitários da Igreja usam o avião, os automóveis, televisão, vacinas, medicamentos, enfim, milhares e milhares de benesses científicas; porque então as mulheres não podem usar métodos científicos de planejamento familiar? Aqui vai um apelo desta página “Voz da Ciência” a todas as mulheres católicas que frequentam as paróquias e que usam métodos científicos de contracepção: Peçam às autoridades da Igreja Católica, no Brasil (através dos párocos e vigários), para que eles não façam mais lobbies contra os métodos científicos de planejamento familiar. A Ciência agradece encarecidamente (BALREIRA, 1994).


“A Ciência é a procura da verdade; não é um jogo no qual uma pessoa tenta bater seus oponentes, prejudicar outras pessoas” (Linus Pauling, cientista norte-americano, prêmio Nobel de Química).

UM PARTIDO CIENTÍFICO

Albert Einstein, um dos maiores gênios científicos da humanidade, morreu desgostoso por terem seus conhecimentos influenciado na criação das bombas atômicas. Santos Dumont, o gênio fantástico que inventou o avião, cometeu o suicídio; também desolado, vendo seu sonho imaculado ser transformado em máquina de guerra e destruição. Werner Von Braun, cientista alemão, maior gênio dos foguetes, quase foi executado por Adolf Hitler, quando protestou pelo fato de seus foguetes estarem causando destruição da Inglaterra. Estes são apenas três exemplos entre milhares de outros, em que invenções e descobertas científicas, que se destinavam ao bem, foram utilizadas para o mal (ou combatê-lo) e para a destruição.
Se os cientistas tiverem em mãos todas as verbas que hoje são usadas para satisfazer o ego dos políticos, eles poderiam transformar o planeta Terra num verdadeiro paraíso. O mundo já conhece a índole maravilhosa dos cientistas, por isso não mais podemos admitir que os mesmos continuem submissos à autoridade e ao poder de seres animalescos. Os reis, imperadores, políticos, religiosos, etc. estão se revezando no poder a séculos e jamais resolveram os problemas do povo. Pelo contrário, somente roubaram, mataram, corromperam e mentiram. Já basta, é a hora e a vez da Ciência. O povo deve exigir a presença dos cientistas no poder (BALREIRA, 1994)..


“Diga a verdade e saia correndo” (Provérbio iugoslavo)

OS DEUSES MALDITOS

A partir da meia-noite do dia 24 de dezembro próximo (1994) a Legião da Boa Vontade estará iluminando a faraônica sede do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica. Até lá temos ainda quatro meses pela frente. Nesse meio tempo, no Brasil, infelizmente, nem Jesus Cristo impedirá que a imensa maioria das crianças pobres continue convivendo com a fome, a miséria e a morte.
Antes, durante e depois do dia do nascimento do líder da cristandade, tudo continua para os pobres como está sendo há milhares de anos. Aqui no Brasil, os religiosos continuarão a viajar de primeira classe e frequentar hotéis de luxo com as esmolas destinadas aos pobres e aos deuses. Templos faraônicos são e continuarão sendo erguidos. Emissoras de rádio e canais de televisão continuarão sendo compradas. Somente no Brasil a Igreja Católica tem cerca de 150 (cento e cinquenta) emissoras de rádio.
Tudo isso para que a lavagem cerebral religiosa continue por séculos e mais séculos. A única esperança de revertermos esta situação grave está na Ciência, na tecnologia, na lógica, na coerência, na razão (BALREIRA, 1994).


“Detesto as vítimas quando respeitam seus algozes” (Jean-Paul Sartre, 1905-1980, filósofo francês).

A VAIDADE DOS DEUSES

Segundo a Bíblia, havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desviava do mal. Era um homem rico e tinha uma família feliz. Certo dia, porém, Deus estava batendo um papinho com seu adversário, o Satanás, que havia voltado de um tour pela Terra. Satanás, aliás, era um típico boa-vida, estava sempre a rodear a Terra, e a passear por ela.
Conversa vai, conversa vem, quando o diabo roncou nas tripas do Satanás. Este desafia Deus: “Por acaso, Jó tem mesmo medo de Ti? Eu duvido muito!”... Para encurtar a estória, os dois acabaram fazendo uma aposta (jogatina é crime?) que desgraçou completamente a vida de Jó e seus familiares. Deus impôs a seu servo fiel todo o tipo de maldade e perversidade, inclusive o assassinato de seus familiares. Apesar de tudo Jó continuou amando e respeitando seu algoz.
Albert Einstein, um dos maiores cientistas da humanidade nos disse que entre a casta sacerdotal e a casta política se estabelece uma comunidade de interesses. Por que o grande Einstein falou isso? É muito simples de entender. A casta política dominante quer o povo manso, obediente, servil, conformado, sendo que a casta sacerdotal se encarrega de pôr em prática esse processo. É por isso que quanto mais pobreza e injustiça social existem num determinado país mais forte, ricas, poderosas e influentes são as religiões.
Nesse tipo de sistema não há interesse por educação (a não ser como atividade lucrativa), cultura, Ciência (esta última nem mesmo como atividade lucrativa), etc. No Terceiro Mundo, apelidado de “países em desenvolvimento”, aqueles que conseguem se tornar cientistas, precisam, muitas vezes, se transferir para o Primeiro Mundo para não morrerem de fome, ou para continuarem sendo cientistas.
 Nas nações onde predomina o fanatismo religioso acontece todo o tipo de aberrações: os religiosos prometem o inferno para as mulheres que fazem o planejamento familiar científico; crianças e adultos são proibidos de fazer transfusão de sangue, mesmo que a vida deles dependa disso. Meninas têm o clitóris cortado “na marra” (sem anestesia sequer) para permanecerem virgens até o casamento e para que não sintam desejo ou prazer sexual. Indivíduos albinos são mortos e esquartejados. Os livros sagrados pregam a crueldade machista contra as mulheres. A lista dessas aberrações são astronômicas.
Recentemente, viu-se a religião também incorporada na Semana da Pátria, os fanáticos desfilaram com gigantescos retratos de um Cristo de traços fisionômicos exageradamente nórticos ou arianos, num explícito desrespeito à miscigenação característica de nosso povo. Entre outras coisas, aquele desfile poderia nos fazer lembrar as procissões da Igreja medieval nas quais cientistas, pensadores, intelectuais eram conduzidos para a morte na fogueira, caminhando atrás de enormes crucifixos.
Certos energúmenos ainda insistem em querer confundir o povo dizendo que Ciência e religião são a “mesmíssima” coisa. Uma asneira dessas só é dita com propriedade por certos fanáticos religiosos em países onde a maioria do povo desconhece totalmente a história de milhares de pessoas como Giordano Bruno, Miguel Servet, Kepler, Galileu Galilei. Desconhecem até mesmo milhares e milhares de guerras do passado, e ainda do presente, entre as diferentes religiões. Tudo isso por causa da burrice, da estupidez e da vaidade dos deuses e de seus fiéis seguidores (BALREIRA, 1994).
“Ninguém pode esperar ser compreendido até que os outros aprendam a linguagem em que fala” (Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, 1888-1935, poeta português)


O ASSASSINATO DOS MAMONAS

Na música “Cabeça de Bagre II” eles criticam e debocham, da Justiça, da Polícia, dos políticos e do futebol (como instrumento alienante). No “Mundo Animal” eles falam em cópula com bichos e relações sexuais com mãe, irmã e tia. “Débil Mental” denuncia o poder norte-americano no seu quintal brasileiro. O “Robocop” católico se torna gay. “O Homem é corno e cruel, mata a baleia que não chifra e é fiel...”.
Estava tudo correndo bem no “disco-circo” brasileiro. Não havia nenhum fenômeno musical contestador ou anarquista digno de maiores preocupações. “Subversivos” do tipo Geraldo Vandré, Taiguara, Chico Buarque, Gil, Caetano[†]*, e outros, já haviam sido há muito controlados pela “democracia” brasileira pós-ditadura 64. A maioria deles ficou rica e passou para o lado do capitalismo selvagem brasileiro; pelo menos as grandes feridas do Monstro não deveriam mais ser tocadas pelo dedo do artista.
Eis que, de repente, surge o grupo Mamonas Assassinas. “Jesus Cristo, eu estou aqui” bruscamente fora substituído por “Sabão Crá-Crá, Sabão Crá-Crá”. O que mais apavorou os Guardiões do nosso capitalismo ultra selvagem foi a adesão frenética das criancinhas à subversão da ordem estabelecida há cinco séculos em terras brasileiras. Isto era uma verdadeira concorrência desleal. O sistema leva anos e mais anos fazendo uma lavagem cerebral religiosa, servil, obediente, conformista, na cabeça das criancinhas, agora veem esses caras fantasiados de coelho para pôr tudo por água abaixo?
Até mesmo uma picareta como “Mãe Dinah” sabia que Os Mamonas não poderiam continuar vivos. O que muitos não sabem ainda é que os Guardiões iriam usar a própria Mãe Dinah para assassinar o grupo. Sabotar o avião seria desnecessário. Sabotar a mente dos pilotos e dos Mamonas seria bem mais eficiente. A coisa toda já havia funcionado com o velho Ulisses Guimarães. A própria “'Mãe Dinah”, essa deusa mística da medieval televisão brasileira, disse para todo o Brasil que o velho Ulisses foi vitima de sabotagem.
Pelo amor da Ciência! Como é triste viver numa republiqueta anárquica do Terceiro Mundo! Uma mulher declara num canal de televisão que um dos mais famosos políticos do Brasil fora assassinado juntamente com várias outras pessoas, num helicóptero, e nada acontece? Pela bilionésima vez onde está a Justiça e a Polícia deste país? Por que essa mulher não foi interrogada até agora?
O mais estarrecedor é o silêncio que a mídia televisiva brasileira impõe à Ciência. Qualquer psiquiatra ou psicólogo que trabalhe com hipnose e sugestão mental sabe que quando aquela debiloide cognominada “Mãe Dinah” cita nomes nas suas “previsões” catastróficas ela se torna uma assassina em potencial. Os mecanismos do inconsciente, tão brilhantemente estudados pelo grande cientista Sigmund Freud, demonstram que a sugestão mental negativa pode se tornar facilmente “profecia” criminosa.
Pobres Mamonas queriam apenas fazer um pouco de humor negro sem precisar pagar um preço tão alto. Eles sabiam que as crianças enjoam logo seus brinquedos novos. Na certa não emplacariam um novo LP nos mesmos moldes do primeiro. Mesmo assim o grupo fez muito inimigos: Guardiões, bruxas, inquisidores, empresários gananciosos, ritmo alucinante de viagens, aviões colados com Durepox (BALREIRA, 1994).


“Devemos encarar o estado presente do universo como o efeito de seu estado anterior e como causa daquele que se seguirá” (Marquês Pierre Simon de Laplace, 1749-1827, astrônomo e matemático francês).

RESSURREIÇÃO CÓSMICA*

O Cosmo tem dois possíveis destinos. Pode continuar se expandindo para sempre ou contrair-se de novo e terminar no Big Crunch. De acordo com a segunda tese, o Universo depois de um determinado momento deverá entrar em colapso regredindo até tornar-se um único ponto com densidade e temperatura infinitas. Isto quer dizer que o Universo voltaria à sua forma primitiva anterior ao Big Bang. O resultado será uma nova explosão. Um renascer das cinzas que se repetirá eternamente.
Essa teoria do Big Crunch não deixa de ser atraente, pois poderíamos supor que toda a vida no planeta Terra, bem como em toda e qualquer região do Cosmo voltaria a se repetir. Densidade quer dizer muita massa e peso em relação ao volume. Densidade e temperatura infinitas anteriores ao momento de um determinado Big Bang significaria um mesmo trajeto, um mesmo caminho, um mesmo roteiro para a matéria explosiva do Universo.
A matéria ficaria tão densa, tão unida, tão compacta que seria praticamente impossível uma expansão diferente da(s) anterior(es). Portanto, voltaria a haver vida. A História no planeta Terra voltaria a se repetir cada vez que o Universo se expandisse após uma contração. As mesmas guerras, os mesmos conflitos do passado, infelizmente, também voltariam a acontecer. Seria como rodar de novo um filme no cinema, após retroceder a fita.
Para tal renascimento, os seres humanos, tão apegados à vida, não precisariam esperar bilhões e bilhões de anos para renascerem, após suas respectivas mortes. Bastaria fechar os olhos e abri-los novamente numa outra dimensão. Simplesmente o tempo não existe sem a consciência biológica. Para nos darmos conta disso é só percebermos o tempo após passarmos por uma cirurgia de várias horas, ou uma coma profunda de vários meses. Pareceria frações de segundo.
O tempo separado da consciência humana não faz distinção entre segundos, minutos, horas, ou bilhões e bilhões de anos. Para que possamos ressurgir ou renascer, no entanto, coisa alguma dependerá dos homens, tampouco dos deuses, tudo dependerá, apenas e tão somente do comportamento de toda a matéria contida no Universo.



“Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo” (André Gide, 1869-1951, escritor francês)

DESORDEM E DESPROGRESSO

O Brasil tem, de fato, extenso litoral e fabulosas riquezas, além de ser comprovadamente o maior país do mundo em terras cultiváveis. Em compensação tem os políticos mais corruptos e incompetentes do mundo. O fanatismo religioso é outra face abominável em nosso país.
No limiar do século XXI, fanáticos religiosos como Karol Wojtyla continuam dando ordens aos governantes brasileiros, mesmo em questões fundamentais como planejamento familiar e paternidade responsável. Que autoridade moral pode ter um homem que representa uma instituição com um passado supercriminoso, como a Igreja Católica Apostólica Romana?
Como podemos confiar nas deliberações e imposições de uma máfia que queimava cientistas na fogueira, serrava homossexuais ao meio, e vendia cadeirinhas no céu para pecadores abastados. Sem falar nos milhares de outros tipos de atrocidades, bestialidades e perversidades. Já está mais do que na hora de nosso povo despertar e enfrentar seus reais inimigos.
Estamos vivendo quase 500 anos de traições e engodos. Temos que enfrentar nossos problemas de maneira científica e racional. O Brasil precisa imediatamente de planejamento familiar, paternidade responsável; punição para sonegadores, especuladores, fraudadores, depositários infiéis, e todos os demais crimes do colarinho branco.
Somente prender ladrões de galinha e mulheres que roubam mamadeiras em supermercados é hipocrisia e canalhice. Se o Brasil continuar por mais tempo na “desordem e desprogresso” nosso povo sucumbirá de uma vez por todas aos pés de nossos algozes tradicionais. Desperta Brasil!


“Deus está morto. Mas, considerando-se o estado da espécie humana, talvez por milhares de anos ainda haja cavernas em que sua sombra será mostrada” (Friedrich Nietzche, 1844-1900, filósofo alemão).

SANTA IGNORÂNCIA

Parece até mentira, mas é a pura verdade, o Universo evoluiu cerca de 20 bilhões de anos para formar uma republiqueta degradada chamada “Brasil”. Qualquer sociedade do mundo animal tem mais lógica e coerência do que a sociedade do Homo sapiens “brasileirus”. Na verdade, se não fosse os cientistas os seres humanos poderiam ser chamados, com toda a razão, de “Homo imbecilis”.
Jean Paul Sartre comentou corretamente que o Homem “moderno” se encontra ainda na Idade da Pedra. Eu sinceramente até duvido que aqueles nossos ancestrais tenham sido tão presunçosos e arrogantes. Em primeiro lugar, o Homem não foi criado à imagem e semelhança de “Deus”, muito pelo contrário, foi o Homo ignorantis que criou os deuses à sua imagem e semelhança.
A partir desse infeliz ato de criação surgiram os livros sagrados, as guerras religiosas, a Santa Inquisição Católica *, a venda de indulgências, e todas as demais aberrações oriundas do medo da morte; do misticismo, da ignorância e da superstição. Graças às religiões, atualmente mais de 1 bilhão de seres humanos estão à mercê da asa negra da violência e da fome.
O famoso beatle John Lennon, em sua música “Imagine”, disse ao mundo que seria melhor que as religiões não existissem, pois elas não religam coisa nenhuma, elas apenas dividem. Cada livro sagrado é considerado por seus seguidores como superior aos demais; por causa desse tipo de mentalidade as guerras e os genocídios são tão antigos quanto às primeiras religiões. Todos os grandes cientistas da humanidade nos alertaram contra as religiões.
O grande Sigmund Freud nos disse: “Religião é uma ilusão”. Alberto Einstein nos disse que entre a casta política dominante e entre a casta sacerdotal existe uma comunidade de interesses. Tanto as religiões quanto as castas políticas, não há duvida, desejam a obediência e a subserviência de seus rebanhos de ovelhas. Vocês já repararam como os “Papas” e os presidentes gostam de palácios cobertos de ouro e de arquiteturas faraônicas.
Existe um pensamento do Barão de Itararé que eu aprecio muito: “Televisão, a maior maravilha da Ciência, a serviço da imbecilidade humana”. Cada vez mais a religião usa essa magnífica invenção científica para tentar degradar e aniquilar a a lógica, a coerência, a razão e a própria Ciência. Tudo isso é deprimente, muito deprimente. Santa Ignorância!

Nota do autor: Em março de 1988, a Igreja Católica, mais uma vez, pede perdão à humanidade. Desta vez, foi pelo seu total silêncio durante o holocausto  sofrido pelos judeu, durante a Segunda Guerra Mundial. Quem já leu a História e conhece bem os instinto assassino, dominador e absolutista da “Santa Madre” Igreja sabe que a tal lady está, de novo, se valendo do cinismo e da demagogia para se perpetuar no poder.


“Ninguém pode ser completamente livre até que todos o sejam” (Herbert Spencer, filósofo inglês).

CIÊNCIA, A ÚLTIMA ESPERANÇA DA TERRA

Os objetivos principais da Ciência e da Tecnologia é dar felicidade e conforto à humanidade. O conceito escravocrata de “comer o pão com o suor do rosto” já foi repudiado pelo homem moderno. Citar a tecnologia como responsável pelo desemprego é pensar de maneira retrógrada. A robotização e automatização das empresas do mundo todo é uma tendência irreversível, e é bem provável que o Homem do futuro se dedique somente ao lazer, às artes e a Ciência.
Cada dia que passa a Ciência evolui com mais intensidade, principalmente nos países do Primeiro Mundo. A medicina moderna salva milhões de seres humanos a cada segundo, com vacinas, medicamentos, máquinas, aparelhos, etc. A moderna tecnologia também dá conforto e prolonga a vida de outros tantos. Isto, de certa forma, gera poluição e índices populacionais altíssimos. Não devemos esquecer, porém, que os cientistas também nos deram os antídotos para tais problemas. Esses antídotos nada mais são que os métodos científicos de planejamento familiar.
Índices racionais de crescimento populacional são a única defesa que a humanidade possui contra o flagelo da explosão demográfica, que gera tanta fome, miséria, injustiça, violência e devastação ambienta! Se conseguirmos agir racionalmente de acordo com a índole científica, podemos construir o paraíso aqui mesmo no planeta Terra; caso contrário, nossos sonhos permanecerão utópicos para sempre. Os povos devem deixar de lado as superstições e as doutrinas anticientíficas e passar para o lado da Ciência antes que seja tarde demais para nossa sobrevivência.


“O esforço para entender o universo é uma das pouquíssimas coisas que erguem a vida humana a um nível ligeiramente além da farsa, dando-lhe algum toque de tragédia (Steven Weinberg, físico nuclear americano)

TV GLOBO CONTRA A CHINA

A República Popular da China é o país mais populoso do nosso planeta, com mais de 1 bilhão de habitantes. Devido a esta fantástica explosão demográfica humana o governo chinês se viu obrigado a criar leis rígidas de controle de natalidade.
Qualquer pessoa (fascista, comunista, socialista, anarquista, nazista, neoliberal, etc.) por dedução lógica pode imaginar o que seria da China se os chineses pudessem se multiplicar livremente, como acontece com os pobres, miseráveis e famintos do Brasil, onde é comum casais terem 10, 15, 20 filhos. Dá medo até de imaginar, não é mesmo? Seria até uma ameaça à ecologia da Terra.
Devemos lembrar que a China – embora tenha o equivalente ao triplo da extensão territorial brasileira -- é menor que o nosso país em terras cultiváveis. Ou seja, na China existem milhões de quilômetros quadrados de terras inférteis; desertos, montanhas, geleiras, etc. O Brasil, embora seja o maior país do mundo em terras cultiváveis, deixa uma boa parte de seus 150 milhões de habitantes passarem fome e viverem miseravelmente.
No dia 11 de junho, último, Corpus Christ, a apresentadora do jornal da TV Globo, Fátima Bernardes, deixou passar para o público sua “irritação” contra a suposta severidade com que o governo chinês trata a questão do “crescei e multiplicai-vos”. Todo o espalhafato girou em torno da notícia da fuga de uma funcionária pública chinesa que resolveu prolongar suas férias nos EUA através de um pedido de asilo político.
Eu sugiro que a Rede Globo, em vez de querer desmoralizar o controle de natalidade na China, faça campanhas, e lobbies, junto ao nosso Congresso Nacional, para que os pobres e miseráveis do Brasil tenham acesso gratuito ao planejamento familiar. Assim, haverá menos fome, miséria e violência, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo onde já existe, há muito tempo, uma guerra civil violentíssima.
Este é um dos grandes problemas da TV Globo: ela se preocupa mais com o mundo lá fora do que com os brasileiros. A República Popular da China, com seu poderio atômico, deve estar preocupadíssima, morrendo de medo da Rede Globo.




[*] Nota do autor: A imensa cobertura do sambódromo de Manaus-AM, que custou 6 milhões de dólares desabou completamente no dia 20 de abril de 1994, após a publicação do artigo acima.
*Nota do Autor: Testes científicos revelaram que os pergaminhos do Mar Morto, que já falavam em cristianismo, foram escritos antes de Cristo ter nascido. Isso quer dizer que Cristo teve mestres, numa espécie de seita secreta. É provável que tenha vivido com eles desde os treze anos de idade, e que nesta seita tenha adquirido toda a intelectualidade e habilidades “mágicas” que o tornaram famoso e lendário no Ocidente.
*Nota do autor: Este comentário foi publicado na Imprensa de Manaus-AM quatro anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso, demonstrar vontade de reativar o Proálcool (no final de 1997).
*Muitos artistas tornaram-se participantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do sistema político brasileiro ultra corrupto (pós-ditadura até os dias atuais 2012). No Brasil a democracia só beneficia os corruptos e os canalhas. Vide o artigo “Monstros e Canalhas  Bonzinhos” acima.
*Jornal Amazonas em Tempo, Manaus/AM, Sexta feira, 05 de maio de 1995.