INTRODUÇÃO
Estamos entrando no século XXI e o
Brasil continua sendo um país dominado pela hipocrisia, pela prepotência, pela
mentira e, cada vez mais, pelo fanatismo religioso. A imensa maioria desse povo
continua sofrendo e se degradando a cada momento, sem se dar conta das origens
dessa degradação. A mentalidade escravagista que veio para cá a bordo das
caravelas é a mesma das nossas elites contemporâneas.
Para protestar mais uma vez contra
esse estado de coisas no país em que nasci e onde vivo, reuni nesta obra alguns
dos muitos artigos e comentários que escrevi para a imprensa do Estado do
Amazonas, e que, na minha visão, são muito significativos, pois traduzem bem os
meus pensamentos a respeito da decadente e confusa sociedade brasileira. Estou
convicto de que essa realidade precisa ser transformada a qualquer preço, o
mais rápido possível, sob pena de nos transportarmos, de vez por todas, para a
Idade das Trevas ou para o tempo das cavernas.
Antes, porém, que o leitor comece a
ler os textos de minha autoria, gostaria de, nesta introdução, fazer algumas
citações de trechos de alguns dos melhores textos que li em minha vida. A
primeira citação pertence ao livro "Como vejo o mundo", editora Nova
Fronteira, de autoria de um dos mais famosos cientistas de todos os tempos,
ALBERT EINSTEIN; nesta citação o leitor terá a oportunidade de saber a opinião
desse grande mestre do universo sobre uma das maiores desgraças da humanidade:
a religião.
(...) Descubro logo
que as raízes da idéia e da experiência religiosa se revelam múltiplas. No
primitivo, por exemplo, o temor suscita representações religiosas para atenuar
a angústia da fome, o medo das feras, das doenças e da morte. Neste momento da
história da vida, a compreensão das relações causais mostra-se limitada e o
espírito humano tem de inventar seres mais ou menos à sua imagem. Transfere
para a vontade e o poder deles as experiências dolorosas e trágicas de seu
destino. Acredita mesmo poder obter sentimentos propícios desses seres pela
realização de ritos ou de sacrifícios. Porque a memória das gerações passadas
lhe faz crer no poder propiciatório do rito para alcançar as boas graças de
seres que ele próprio criou [....] (EINSTEIN, 1953).
Ainda de acordo com Einstein, a
religião é vivida como angústia, essencialmente estruturada pela casta
sacerdotal, que se impõe como intermediária entre seres temíveis e o povo. O
chefe, o monarca ou uma classe privilegiada, se apropriam das funções
sacerdotais, sendo que entre castas religiosas e as castas dominantes se
estabelece uma comunidade de interesses.
Antes de apresentar a segunda citação,
gostaria de transpor para esta página uma parte do currículo de outro grande
cientista, o fantástico Dr. Sagan, recentemente falecido.
O Fantástico Dr. Sagan
Carl Sagan é conhecido tanto por sua
literatura quanto por suas atividades científicas. Vencedor do Prêmio Pulitzer
(pelo livro "The Dragons of Eden"). Ganhador da medalha NASA, por
relevantes serviços prestados à Ciência e à comunidade. Professor de Astronomia
e Ciências Espaciais. Diretor do Laboratório de Estudos Planetários, da
Universidade de Cornel. Teve papel de destaque nas expedições planetárias
Mariner, Viking e Voyager. Presidente da Divisão de Ciências Planetárias da
Sociedade de Astronomia Americana. Presidente da Seção de Planetologia da
Sociedade Geofisica da América. Editor-Chefe do "Icarus", principal
jornal sobre estudos do Sistema Solar. Pioneiro em estabelecer as altas
temperaturas da superfície de Vênus. Seus estudos levaram, também, ao
entendimento das mudanças de estações em Marte. Entre seus
vários best-sellers nos Estados
Unidos se destaca "Cosmos", que tornou-se também sucesso televisivo,
em todo o planeta.
Agora que já lhes apresentei esse
formidável ser humano, o cientista Carl Sagan, gostaria que me permitissem
passar a segunda citação; trata-se de um trecho do livro Broca's Brain
(Ballantine, New York, 1979), de autoria do próprio Dr. Sagan (Tradução L.C.
Balreira).
Deuses, Santos e Virgens
A antiga Grécia era repleta de
estórias nas quais os deuses desciam a Terra e conversavam com os seres
humanos. A Idade Média era igualmente rica em aparições de santos e virgens.
Deuses, santos, e virgens foram contados através dos séculos por pessoas
aparentemente da mais alta confiabilidade. O que aconteceu, então? Para onde
foram todas as virgens? O que aconteceu com os Deuses do Olimpo? Será que esses
seres simplesmente nos abandonaram nestes tempos mais cépticos? Ou esses
relatos antigos refletem a superstição, a credulidade e a inconsistência das
testemunhas (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
Frequentemente, após uma conferência
cujo tema é a evolução da vida ou inteligência, as pessoas me perguntam: Você
acredita em Deus? Pelo fato da palavra Deus
ter conceitos diferentes para diferentes pessoas, eu quase sempre respondo
perguntando ao inquiridor qual a definição que ele tem de Deus. Para minha
surpresa, esta resposta é com frequência considerada embaraçadora e inesperada:
Oh, você sabe, Deus. Todo mundo sabe o que é Deus. Ou então: Bem, uma espécie
de força maior que nós, existente em todo o Universo (CARL SAGAN, 1980. Trad.
L.C.Balreira).
Existem várias forças no Universo. Uma
delas se chama gravidade; no entanto
não é frequentemente identificada como Deus.
O conceito abrange um infindável número de teorias. Algumas pessoas pensam em
Deus como sendo um gigantesco macho de pele clara, de barba branca e longa,
sentado num trono em algum lugar lá em cima, no céu, muito ocupado,
determinando tudo aqui na Terra. Outros – por exemplo, Baruch Spinosa e Albert
Einstein - consideravam Deus como sendo essencialmente a soma total de todas as
leis físicas do Universo. Eu não conheço evidência alguma de tal patriarca
antropomorfo, controlando o destino dos seres humanos, de algum ponto
estratégico no céu. Por outro lado, seria loucura negar a existência das leis
físicas. Portanto, a crença em Deus depende muito do conceito que cada um tem
do mesmo" (CARL SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
A terceira citação eu retirei do
capítulo VIII Armadilha da Justiça, do livro "Seus Pontos Fracos"
(Wayne W. Dyer, Record, RJ, 1976).
Se o mundo fosse organizado de tal
forma que tudo tivesse que ser justo, nenhum ser vivo poderia sobreviver nem um
dia. A justiça não existe. Nunca existiu, nem nunca existirá. O mundo
simplesmente não funciona assim. Os pumas matam texugos. Os texugos matam
ratos. Os ratos matam percevejo... Você só precisa olhar a natureza para
perceber que não há justiça no mundo. Furacões, inundações, macaréus, secas,
tudo isso é injusto. É um conceito mitológico, essa estória de justiça. O
sistema legal promete justiça, mas em geral não ocorre. Os que têm dinheiro não
são condenados. Os juízes e os policiais são frequentemente comprados pelos
poderosos. Os pobres enchem os xadrezes e não têm possibilidade alguma de
vencer o sistema (DYER,1976).
Os textos "Os primeiros
deuses" e "os feiticeiros" vão, por certo, deliciar todos
aqueles que amam a Ciência e que abominam o fanatismo religioso.
Os primeiros deuses
Se até hoje todo mundo fica fascinado
com os fenômenos da Natureza, o que dizer de nossos antepassados, desde o tempo
das cavernas? No começo, a verdade é que os fenômenos naturais causavam medo e
fascinação. Do medo os homens passaram à adoração e, assim, os primeiros deuses
dos primeiros homens foram o Sol, a Lua, as estrelas, o relâmpago e o trovão.
Tudo aquilo que não entendiam era sobrenatural e, portanto, divino. Se eles não
sabiam que a Terra é redonda, que a Lua gira em torno da Terra, e as duas giram
em torno do sol, como podiam entender o que estava acontecendo, quando um disco
negro (a Lua) tapava o Sol? A única explicação que lhes ocorria era a
existência de deuses misteriosos, escondidos nos elementos da Natureza, e
sempre prontos a puni-los com severidade. Se eles não sabiam da existência de
vírus e bactérias, como entender uma febre súbita? Como entender o sofrimento
causado pelas doenças?
Os feiticeiros
A natureza com seus mistérios e
perigos fez com que, no começo, os homens se reunissem em tribos, para
sobreviver. E cada homem trouxe ao grupo as suas incertezas, suas curiosidades
e seus medos. Em cada tribo, aos poucos, foram aparecendo homens que, talvez
por sentirem menos medo do que os outros assumiam o papel de intermediários
entre a tribo e àquelas forças que eram capazes de mandar raios a Terra durante
uma tempestade. Isto aconteceu e continua acontecendo em todas as sociedades
primitivas há sempre alguém meio mago, meio sacerdote, que se diz capaz de atos
não permitidos aos demais membros do grupo, em quem se confia cegamente.
Para aumentar a confiança em seus
poderes fantásticos esses feiticeiros organizavam verdadeiros espetáculos de
magia. Criavam vestes impressionantes, usavam máscaras enormes com um
dispositivo para aumentar o volume da voz. Descobriam ervas que, jogadas sobre
o fogo, faziam saltar faíscas coloridas. E ameaçavam a todos com a fúria dos
céus, cada vez que começavam a faltar os presentes que recebiam, para
continuarem sendo os 'representantes' dos deuses na Terra.
Durante muito tempo os homens andavam
a procura de caça para se alimentarem, sem se fixar em nenhum lugar. Com a
descoberta da Agricultura, a Humanidade fixou-se a terra. Os primeiros grandes
impérios agrícolas surgiram, então, na Mesopotâmia, que atualmente é a região
do Iraque, onde habitavam os sumérios, os babilônios e os assírios. Esses povos
viveram dominados pelo medo de toda uma legião de demônios e deuses irritáveis,
inventados e apresentados pelos sacerdotes que controlavam o Estado.
Nas ruínas dos tempos das grandes
cidades da Mesopotâmia, os cientistas encontraram vestígios que explicam como
os sacerdotes desapareciam misteriosamente do altar, e como 'atravessavam
paredes' à vista dos fiéis. O sacerdote se encostava na parede, e, enquanto um
rolo de fumaça se levantava da pira ritual, ele girava a porta camuflada e
desaparecia 'como por encanto'. Em seu lugar, aparecia uma sacerdotisa ou até
mesmo um leopardo!
Para finalizar, quero lhes premiar com
um texto que reflete bem o caráter da prostituída mídia brasileira. Trata-se de
um pequeno trecho da introdução do livro "Física" (Antônio
Máximo/Beatriz Alvarenga, ed Scipione, SP, 1997).
A consulta a horóscopos, tarôs,
búzios, e outras crenças fantásticas, baseadas em fatos puramente fortuitos,
tão difundida mesmo entre pessoas com nível cultural médio, poderia,
certamente, ser melhor analisada e criticada após um estudo bem fundamentado
das idéias básicas da física. Infelizmente, porém, este objetivo não vem sendo
tranqüilamente alcançado (MÁXIMO; ALVARENGA, 1997).
Muitos intelectuais de renome mundial
vêm se manifestando de maneira desfavorável à grande divulgação que os meios de
comunicação fazem dessas crendices numa época em que os sucessos das ciências
são tão decantados. O filósofo e físico argentino Mário Bunge assim se
manifesta: 'Os jornais e revistas deveriam ter seções dedicadas à Ciência, em
vez de horóscopos'. E ainda: 'Os pesquisadores deveriam empreender campanha
mais vigorosas contra as pseudociências e ideologias anticientíficas (MÁXIMO;
ALVARENGA, 1997).
Já o cientista Carl Sagan, em sua obra
Cosmos, afirma: A astrologia desenvolveu-se no meio de uma estranha combinação
de observações, matemática e uma cuidadosa manutenção de registros, mesclados
de pensamentos confusos e fraudes piedosas... Deliberadamente, são montadas
[previsões dos horóscopos] de modo a serem aplicadas a qualquer pessoa (CARL
SAGAN, 1980. Trad. L.C.Balreira).
Publicado
no Diário do Amazonas, Manaus, AM, 1º de janeiro de1994, na página dominical
Voz da Ciência, por L.C. Balreira.
A
reprodução dos textos de L.C.Balreira, neste Blog, após 18 anos de terem sido
publicados na imprensa do amazonas tem o objetivo de expor minhas ideias, com
transparência, sinceridade e convicção, mesmo porque a cada dia as mesmas estão
cada vez mais atuais e verdadeiras.
A
história dos grandes acontecimentos do mundo não é mais do que a história de
seus crimes (François-Marie Arquet Voltaire, 1694-1778, filósofo francês).
A insuportável
leviandade do ser
Eu sei que todo o Estado que se preza
precisa fazer uma lavagem cerebral eficiente em seus cidadãos, pois "a
propaganda é a alma do negócio". E para que essa propaganda seja eficiente
ela deverá ser feita bem cedo, de preferência quando o cidadão for ainda
criança. A psicologia moderna nos diz que é entre os cinco e nove anos o período
em que a criança mais assimila e aceita novos conhecimentos (ou mentiras) sem
duvidar ou debater.
Mais tarde, dificilmente, essa pessoa
poderá se libertar de uma doutrina ou lavagem cerebral, mesmo que na sua idade
adulta ela tenha uma forte percepção de que o que lhe ensinaram não passa de
absurdo ou descalabro total. Mesmo assim, defenderá inconscientemente, até a
morte, a doutrina adquirida. A própria Bíblia já sabia disso: "mostra o
caminho enquanto ele é pequeno, e ele jamais se desviará do caminho".
Dificilmente um padre ou um pastor achará mais fácil "fazer a cabeça"
de um adulto do que de uma criança, a não ser que o adulto seja muito primitivo
ou ingênuo, ou que esteja em situação de desespero emocional.
As crianças brasileiras são vítimas de
todo o tipo de lavagem cerebral. A história do Brasil que as crianças aprendem
na escola lhes fala de seres nobres e exemplos de virtude, ética e moralidade;
e mesmo depois de adulto, sabendo da corrupção e incompetência dos políticos e
governantes o povo continua acreditando no "Grito do Ipiranga". As
crianças crescem ouvindo os bispos e autoridades políticas dizerem que o Brasil
é um país pacífico e que "Deus" é brasileiro; quando adultos, os
cidadãos continuam a repetir essa baboseira toda.
E lamentável constatarmos que
entidades e instituições que estão no Brasil há quinhentos anos nada puderam
fazer pelos brasileiros. Não obstante, parece que irão passar mais algumas
centenas de anos até que os brasileiros se dêem conta de que é preciso romper
com o passado (como há duzentos anos o fez o povo francês) para que possamos
construir um futuro decente para a nação brasileira (BALREIRA, 1994).
A Ciência no Brasil de hoje é uma chocadeira.
Produzimos gente de valor que vai ajudar outros países a se desenvolver
(Alberto Santoro, 1941-, físico brasileiro).
A TENTAÇÃO PROIBIDA
Em todos os tempos católicos cultua-se
e glorifica-se a pureza e dignidade de uma mulher chamada Maria que teve um
filho sem ter tido contato sexual com seu companheiro que se chamava José. A
cristandade fez dela um símbolo imaculado sem se dar conta do desdém e
preconceito que essa idolatria causa às outras mães de todo o mundo. À luz da
razão e da lógica, vejo isto como um insulto, uma agressão e, a rigor, um
ultraje às outras mães que têm seus filhos normalmente através do contato
sexual com seus respectivos maridos. Na melhor das hipóteses nossas mães sãos
chamadas de levianas e promíscuas. Mas como querem, então, os religiosos que
nós cresçamos e nos multipliquemos? Através do método "José e Maria"
não é possível. Já ficou provado que esse método sobrenatural não dá certo com
os humanos. A partenogênese também não acontece na nossa espécie. O que mais se
aproxima é o "bebê-de-proveta", mas, infelizmente, esse método também
é condenado pela Igreja, o que não deixa de ser uma tremenda contradição.
Tivemos sempre uma misteriosa
conivência e uma grande tolerância para com os deuses e seus profetas. Nós,
humanos, somos, de fato, os seres mais egoístas, perversos, hipócritas e
destruidores da face da Terra, também os mais cínicos e fingidos. A única
dentre todas as demais espécies que sorri; a única que mata e destrói por puro
prazer. Somos tudo isso e muito mais, mas por ironia do destino os próprios
profetas nos legaram um bom álibi e um ótimo atenuante: "Fomos criados a
imagem e semelhança de Deus" (BALREIRA, 1994).
Religião é uma ilusão (Sigmund Freud,
1856-1939, fundador da psicanálise, um dos maiores cientistas de todos os
tempos).
O MAIOR LADRÃO DO
OCIDENTE!
Na última visita do Papa João Paulo II
à Florianópolis eu estava lá, com o intuito de protestar contra a presença dele
no Brasil. Havia lá na capital catarinense uma multidão, segundo estimativas,
de cerca de trezentas mil pessoas reunidas para ver e ouvir Karol Woytila. Eu
caminhei por entre a multidão e do supremo pontífice me aproximei uns cinqüenta
metros, mais ou menos. Quando houve um silêncio sepulcral, na missa, eu gritei
o mais forte que pude: "Papa, você é o maior ladrão do ocidente, vocês já
estão no Brasil há quinhentos anos e o que fizeram por nós, se temos milhões de
analfabetos e menores abandonados?". Foi quando um gigante de quase dois
metros de altura me deu uma "gravata", mas eu estava com tanto ódio
que fiz o gigante rolar no chão. Nesse ínterim, vislumbrei duas câmeras
filmadoras se aproximarem, quando, quase que ao mesmo tempo, saltaram uma meia
dúzia de policiais militares que me dominaram, me algemaram e me conduziram a
uma viatura. Na delegacia de polícia eu prestei depoimento. A imprensa nacional
e a internacional também estavam lá querendo saber de mim o porquê daquilo
tudo.
Em toda a história das visitas papais
na América do Sul eu havia sido o primeiro a se atrever tanto, por isso talvez
a imprensa tenha me feito perguntas e me escutado por quase duas horas. Falei
principalmente do meu desagrado com a política da Igreja Católica em relação ao
planejamento familiar, ao aborto, e também, às suas atividades anticientíficas
no passado e no presente.
Como poderia o Papa usufruir de
milhares de benesses científicas, tais como vacinas, medicamentos, automóveis,
aviões, luz elétrica, etc., e ao mesmo antagonizar de forma tão radical os
anticoncepcionais, a única arma que a Ciência dispõe contra a explosão
demográfica que ameaça destruir o planeta.
É bem verdade que, por mais de uma
vez, João Paulo pediu perdão ao mundo pelos crimes que a Igreja Católica
cometeu conta a humanidade, no passado. Por que, após essas confissões
públicas, o Vaticano continua com tanto prestígio; os criminosos por acaso não
devem ser punidos ou desprezados? Não é o que acontece com a Santa Sé, pelo
menos nos países subdesenvolvidos a Santa Madre Igreja continua prestigiada a
ponto de influir e intervir em assuntos de Estado. Não é à toa que na Europa
ocidental os países mais atrasados são os predominantemente católicos, veja
Portugal e Espanha, por exemplo, com altos índices de analfabetismo.
As elites católicas dominantes da
América Latina não repartem o pão, tampouco as terras; não viram a outra face,
e ainda respeitam a apologia da explosão demográfica através do "Crescei e
multiplicai-vos". Na verdade, eles não deixam opção alguma para a
erradicação da miséria e do analfabetismo.
Eu espero sinceramente que um dia nos
livremos de uma vez por todas de doutrinas incoerentes e anticientíficas, que
pregam a irracionalidade e a contradição, e que no maior descaramento e
maquiavelismo conseguem agradar gregos e troianos; a espertos e incautos
(BALREIRA, 1994).
Nota do autor: Este episódio aconteceu três
anos antes de o papa João Paulo II pedir perdão ao mundo pelos crimes hediondos
que a Igreja Católica cometeu no passado contra a humanidade e a contra
Ciência.
Para me punir por meu desprezo pela
autoridade, o destino fez de mim mesmo uma autoridade (Albert Einstein,
1879-1955, físico alemão).
O GRANDE EINSTEIN E OS
VERMES RASTEJANTES
Recentemente, uma suposta biografia,
de autoria de uma dupla de vermes rastejantes, tentou denegrir a imagem do
grande, do genial Albert Einstein. Entre outras coisas, ele foi acusado de ser
marido cruel, porco chauvinista e sifilítico. Então vejamos:
- Marido cruel. Quando irrompeu a
Primeira Guerra Mundial, Einstein estava na Alemanha, onde lecionava; sua
mulher e os dois filhos que se encontravam na Suíça ficaram impossibilitados de
voltar à Alemanha. Esta separação forçada conduziu ao divórcio do casal. Porém,
quando recebeu o Prêmio Nobel, no ano de 1921, Einstein, apesar de já estar
vivendo com sua segunda mulher, doou o prêmio total, $ 30.000 (trinta mil
dólares), para sua primeira esposa e filhos.
- Porco chauvinista. Em 1948 foi
oferecida ao gênio da relatividade a presidência do Estado Israel, mas ele
polidamente recusou (Einstein desprezava o dinheiro, a autoridade, e o poder).
- Sifilítico. Não recordo de ter lido
em livro algum que esse mestre do universo tenha contraído sífilis. A sífilis,
porém, é uma doença que atinge, no limiar do séc. XXI, uma boa parcela da
humanidade. Não é crime, é uma enfermidade (BALREIRA, 1994).
Choramos ao nascer porque chegamos a este
imenso cenário de dementes (WiIliam Shakespeare, 1564-1616, dramaturgo inglês).
MILHARES DE BETINHOS
Muitas pessoas confundem planejamento
familiar com controle de natalidade, mas existem outras pessoas e instituições
que confundem a opinião pública, de propósito, para atemorizar o povo. Essa
sente não quer o planejamento familiar científico no Brasil porque sabem que o
dia que isso acontecer nosso país dará um passo gigantesco em direção ao
Primeiro Mundo. Não haverá mais miséria e pobreza e as pessoas e instituições
medievais, que nunca passaram de parasitas da desgraça alheia, por certo
perecerão.
Planejamento familiar tem pouco a ver
com controle de natalidade. Este último se verifica quando o Estado limita,
através de leis rígidas, o número de filhos que um casal pode ter. Esta medida
extrema que a China, por exemplo, adotou serve para evitar que as pessoas
nasçam uma por cima das outras, pois devido à avassaladora explosão demográfica
naquele país a liberdade para procriar produziriam, sem dúvida, o caos, a
confusão e a anarquia social. O problema da multiplicação humana era tão grave
naquele país que não havia outra saída senão o controle da natalidade.
O planejamento familiar científico é
coisa totalmente diferente. Toda a população brasileira assistiu escandalizada,
há pouco tempo, pela televisão, a reportagem sobre uma mulher miserável que
teve 27 filhos, 18 dos quais morreram, e os que sobreviveram estavam famintos e
subnutridos. Aquela pobre mãe não tinha nem ao menos consciência de sua
miserabilidade, pois apresentava um semblante sereno e resignado. Ao contrário
das mulheres ricas e remediadas, as mulheres pobres e miseráveis não têm acesso
aos métodos científicos de planejamento familiar.
Qual mulher poderia contribuir com a
renda familiar gerando 20 ou 30 filhos? Entre incontáveis benefícios um plano
governamental de planejamento familiar reduziria no mínimo 90% o número de
abortos no Brasil, estimados entre 3
a 4 milhões por ano. Enquanto as mulheres pobres não
tiverem acesso fácil aos métodos científicos de contracepção as futuras
gerações de brasileiros verão ainda passar pela nossa mídia hipócrita e
irresponsável milhares de Betinhos, irmãs Dulce, madres Teresa de Calcutá, etc.
Será uma verdadeira história sem fim (BALREIRA, 1994).
Televisão, a maior maravilha da Ciência a
serviço da imbecilidade humana. Apparício Torelly (Barão de ltararé,1895-1971,
humorista brasileiro).
VOCÊ DECIDE?
De modo geral, a mentalidade das
elites governantes dos países subdesenvolvidos é a mesma dos imperadores da
Roma Antiga: "Pão e circo para a plebe". No Brasil, durante a
ditadura militar, os governantes costumavam usar como termômetro o futebol, o
carnaval e as festas religiosas, principalmente. Enquanto o povo estiver
entretido, alegre e resignado não estará pensando em revolução ou guerra civil.
Os governantes brasileiros atualmente
têm um instrumento mais sofisticado para estudar o pensamento do povo: é um
misto de circo e confessionário chamado "Você Decide". O programa
parece ter um bom nível de audiência, afinal o povo nunca perdeu as esperanças
de decidir alguma coisa no Brasil.
As elites governantes, é claro, não
vão à praça pública para opinar, tampouco usam o telefone para esse tipo de
coisa. Primeiro porque elas têm para si um tipo de circo muito mais
sofisticado, tais como cassinos, teatro, recepções, festas, viagens ao exterior,
etc. Segundo, são elas mesmas, as elites, que decidem tudo no Brasil, não é
segredo para ninguém que elas estão muito bem representadas nos três poderes.
Na verdade, o programa "Você
Decide", da Globo, não precisa consultar o povo. Quando for o caso de
ficar ou não ficar com uma mala alheia, cheia de dólares, por exemplo, a
direção do programa poderá fazer uma pesquisa rápida no Congresso Nacional.
Quando se tratar de decidir sobre um aborto é só consultar um padre, um bispo,
um cardeal ou o próprio Papa. E assim por diante. Dessa forma tudo será mais
simples para todos: para os diretores e artistas da Rede Globo, para a
Telebrás, e, também para os entusiastas do "Você Decide" que ao
saírem de casa para "decidir" estarão desperdiçando suas preciosas URV
s (BALREIRA, 1994).
A Fraternidade é uma das mais belas invenções
da hipocrisia social (Gustave Flaubet, 1781-1880, filósofo francês)
AS MOEDAS DA TRAIÇÃO
Não pode haver maior criminoso no
mundo do que o sonegador de impostos. A sonegação é o pai, a mãe e o avô de
todos os demais crimes. Dependendo do número de empresas de um sonegador,
podemos afirmar, sem medo de errar, que este empresário é milhares de vezes
mais criminoso do que aqueles psicopatas que matam dezenas de pessoas, devoram
parte delas, e enterram os restos no fundo do quintal.
O sonegador é o principal responsável
pelos milhões de menores abandonados, pela falência da Previdência Social, pelo
desemprego, enfim, por todas as desgraças de uma nação. Sem o dinheiro dos
impostos não há desenvolvimento, não há progresso, redistribuição de renda,
emprego e justiça social.
Muitos sonegadores justificam a
sonegação com a corrupção e a incompetência dos políticos e do Estado. Os
políticos respondem alegando falta de verbas para os planos e projetos de
desenvolvimento. Isso coloca o povo numa situação de impotência e desespero. A
“Justiça” ou Poder Judiciário brasileiro não tem poder para colocar sonegadores
e corruptos na cadeia. Os sonegadores fazem parte das elites brasileiras, e
essas elites são cooperativistas e bem relacionadas entre si. A filha do juiz
se casa com o filho do industrial cuja filha casa com o filho do fazendeiro. O
filho do general se casa com a filha do deputado, e assim por adiante.
Só vai para a cadeia o ladrão comum,
do povo, que geralmente não passa de uma vítima dos ladrões das elites. Cada
vez que um ladrão da elite sonega imposto ou envia dólares para o estrangeiro,
por debaixo dos panos, ele está fabricando milhares de ladrões comuns.
O povo deve descobrir uma fórmula de
lutar contra esse tipo de coisa, antes que seja tarde demais. O nosso Brasil,
por culpa das elites governantes está marchando a caminho de uma nova Nigéria,
de uma nova Etiópia, Índia, África do Sul, etc., já está provado que o voto do
povo brasileiro pouco ou nada está adiantando. As elites dominantes estão já há
muito tempo infestando, parasitando, dominando a maioria dos partidos. O povo
está escolhendo os políticos previamente apontados pelas elites. Desperta
Brasil! (BALREIRA, 1994).
Minha intenção é demonstrar que a máquina
celeste não é um ser divino, mas um relógio (Johannes-Kepler astronômico
alemão).
ISAAC ASIMOV ERA ATEU!
Asimov é considerado o mais premiado e
prolífico escritor de ficção científica e divulgador científico de todos os tempos
(escreveu 470 livros). Para muitos cientistas, suas histórias foram mais do que
ficção de boa qualidade; delas eles tiraram inspiração para criar a ciência
moderna. Ateu, recusava crença de qualquer tipo - "duendes, diabos, anjos,
bruxas", e dizia que a única coisa que merecia ser chamada de Deus era a
racionalidade. "Houve um tempo que o mundo nos parecia repleto de
inteligências superiores a nossa. Agora que sabemos tanto sobre o Universo,
podemos nos concentrar nos males reais", disse Asimov. O grande gênio
literário morreu em 6 de abril de 1992 (BALREIRA, 1994).
Nenhum reino conheceu tantas guerras civis
quanto o reino de Cristo (Montequieu, 1689-1755, filósofo francês).
PAIVA NETTO FALOU,
ACREDITE SE QUISER!
"Os fetos deformados não devem
ser abortados. Eles precisam sofrer para corrigir erros tremendos de vidas
anteriores. Sem superar essas provas, não podem progredir". Inacreditável!
Isto equivale dizer que os massacres da Candelária e de Vigário Geral, bem como
todas as desgraças humanas no planeta, devem continuar acontecendo, sem que
possamos nos posicionar, ou lutar, contra tudo o que está errado. Concordar com
o raciocínio do Sr. Paiva Netto seria admitir, por exemplo, que um médico
jamais possa curar seu paciente, pois ele estaria interferindo nos desígnios de
"Deus".
Esse psicopata na certa não avalia o
sofrimento de uma mãe que tem um filho defeituoso. Ele (Paiva Netto) é quem
deveria ter sido abortado. Hoje não estaria falando tais asneiras, tampouco
blasfemando contra a Ciência, a razão, a lógica e a coerência (BALREIRA, 1994).
Os cientistas se esforçam para tornar
possível o impossível. Os políticos, por fazer o possível, impossível (Bertrand
Russel,1872-1970, filósofo e matemático inglês).
MANAUS NA IDADE DAS
TREVAS
A hidrelétrica de Balbina, Philip M.
Fearnside, Iama (Instituto de Antropologia e Meio Ambiente), São Paulo, 1991.
Para o autor, pesquisador do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia, o exemplo mais acabado da falta de um
planejamento racional de desenvolvimento da região amazônica é a hidrelétrica
de Balbina, no rio Uatumã. Para que sua construção fosse viabilizada foi
necessário desalojar os índios Waimiri-Atroari que ali habitavam e inundar 2.360 quilômetros
de floresta tropical que geram, em média, apenas 112,2 MW de eletricidade.
Fearnside procura identificar os equívocos em torno da barragem, considerada
mais uma obra faraônica, que exigiu esforços de uma sociedade inteira e
praticamente não trouxe nenhum retorno econômico (BALREIRA, 1994).
Nota do autor: A referência acima ao
livro de Fearnside foi matéria da página "Voz da Ciência", de L.C.
Balreira, no Diário do Amazonas (Manaus-Am), em 24 de julho de 1994. Exatamente
três anos antes dos "blackouts" que tanto massacraram a população de
Manaus.
Prefiro ser um macaco evoluído que um filho
de Adão degenerado (Paul Broca, cirurgião, neurologista, antropologista, fundou
na França, em 1848, a
Sociedade dos Livres Pensadores).
QUEM TEM MEDO DE LUCIANO
MENDES?
Todo mundo sabe que a explosão
demográfica acontece acentuadamente nas camadas mais pobres e miseráveis da
população brasileira. Por questões puramente financeiras essas pessoas, ao
contrário das mais abastadas, não têm acesso aos métodos anticoncepcionais
científicos.
Um número gigantesco de mulheres em
idade fértil, mas já com uma prole numerosa passando fome, implora a
previdência social por métodos científicos e duradouros de contracepção
(laqueadura de trompas, por exemplo), mas sempre recebem um "não"
pela cara, a menos que consigam algum dinheiro para dar uma "ponta por
fora” aos médicos.
O resultado desse tipo de repressão
social é mais fome, violência, e mais tragédias, na vida de toda a nação
brasileira. Todos são atingidos. O miserável, o pobre, o médio e rico. Nos
países de primeiro e primeiríssimo mundo os casais chegam a juntar economias
durante cinco anos antes de terem o primeiro filho. É por isso que eles
pertencem ao Primeiro Mundo, porque usam os métodos científicos de planejamento
familiar, porque respeitam à Ciência e dão importância aos cientistas.
Aqui no Brasil, infelizmente, nesse
aspecto nos encontramos na Idade Média. Para agravar mais a situação do nosso
país, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Sr.
Luciano Mendes, entregou uma carta ao presidente da câmara dos Deputados
(Inocêncio Oliveira), onde protesta contra a aprovação de um projeto que
regulamenta o planejamento familiar.
"Dom" Luciano Mendes promete
que removerá rios e montanhas para que o projeto não seja aprovado no Senado.
Agora é de se perguntar: Que autoridade moral tem a Igreja Católica para exigir
alguma coisa no Brasil? Essa empresa multinacional está aqui nos explorando há
quinhentos anos, e o que nos deu em troca? Coisa alguma! E a prova disso é o
estado de pobreza e miséria em que se encontra a imensa maioria do nosso povo.
E como vai a Igreja Católica? Vai
muito bem, obrigado, é uma das instituições mais ricas do mundo! E no Primeiro
Mundo, ela mete o bedelho em assuntos de Estado? Claro que não. Ela já foi
expulsa de lá há muitos séculos por corrupção e crimes contra a humanidade.
Atualmente, ela só é arrogante, pretensiosa e prepotente nos países do
terceiro, quarto, quinto mundo, etc., onde reina a ignorância, o analfabetismo,
a fome, a violência e a injustiça (BALREIRA, 1994).
A raça humana não pode suportar muita
realidade (Thomas S. Eliot, 1888-1965, poeta inglês).
AIDS, HOLOCAUSTO SILENCIOSO.
Enquanto a cura da AIDS está sendo
perseguida por cientista no mundo inteiro, pouca coisa, na prática, está sendo
resolvida pelos canais (in) competentes da Saúde Pública. A sociedade
brasileira sente que algo de podre está acontecendo no "reino" do
HIV. Soropositivos, conscientes ou não de seu estado de saúde, estão podendo
transmitir o vírus à vontade.
A quem pode interessar essa reação em
cadeia que está acontecendo nesta epidemia? A quem interessa esse holocausto?
Os lobistas estão favorecendo a propagação desta peste. Ganham os laboratórios
que vendem os medicamentos, ganha a mídia que fatura com propaganda e com
campanhas fantasiosas, emotivas e ineficientes, e sei lá quantos mais estão
faturando com a desgraça alheia.
Todo mundo pode pedir a quem quer que
seja qualquer tipo de exames laboratoriais para os mais variados fins, para
detectar até mesmo doenças facilmente curáveis. Mas coitado do empresário que
pedir um teste de HIV; todo mundo "cai de pau" em cima. Não resta a menor
dúvida que o Brasil, "O maior país católico do mundo" é a Terra da
hipocrisia, da canalhice, da corrupção e da irresponsabilidade.
Aqui neste inferno social a lepra se
transformou num termo bem menos chocante "Hanseníase". A AIDS se
transforma em "soropositivo" e tudo está resolvido, não há mais
pressa, "são doenças como outras quaisquer". Não há quem possa dormir
com um barulho desses! Se houvesse um inferno eu gostaria de mandar para lá
todas essas malditas autoridades hipócritas, incompetentes, farsantes, e corruptas,
das quais o Brasil está tão infestado (BALREIRA, 1994).
Nota do autor: Escrevi e publiquei este
comentário, na página "Voz da Ciência", no diário do Amazonas, cerca
de quatro anos antes de a Justiça brasileira demonstrar vontade de criminalizar
a transmissão do vírus HIV, por portadores mal-intencionados
da doença.
Prefiro o paraíso pelo clima, o inferno pela
companhia (Mark Twain, 1835-1910, escritor americano).
O SILÊNCIO DOS INOCENTES
By L.C. Balreira
De acordo com a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade que representa a Igreja Católica, os
candidatos a cargo eletivos são eleitos quase sempre na base de promessas e
favores. Vai ver então que os candidatos aprenderam essas coisas feias com a
própria Igreja que chegou até mesmo a vender cadeirinhas no céu para os
idiotas. A Igreja prometia o perdão de todo pecado em troca de ouro.
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Com relação ao machismo, a CNBB
informa que "No Brasil, é muito forte a idéia de que o homem é que manda
na natureza, na economia, na família e na religião. Ele se considera o dono das
mulheres e das coisas". Em verdade vos digo: quem começou com essa
história foi a própria Bíblia ao dizer que a mulher foi feita de uma costela de
Adão (dependente do homem, portanto). Os livros sagrados estão repletos de
argumentos que colaboram com a escravidão das mulheres. O próprio papa João
Paulo II não quer nem ouvir falar em mulher rezando missa.
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No
tocante ao racismo, o Setor da Pastoral da CNBB explica que "os negros e
índios são considerados incompetentes, feios e preguiçosos. Por isso têm menos
oportunidades no trabalho, nas escolas, nas universidades e na direção de
partido político, bem como nas forças armadas e nas igrejas". Será que a
CNBB está deixando que a Pastoral critique a própria Igreja e está disposta a
optar de fato pelas classes desfavorecidas; ou está mais uma vez fazendo
demagogia? É a própria História que nos revela que a Igreja Católica se tornou
rica e poderosa à custa da escravidão dos índios, dos negros, e de todos os
seus fiéis. Por acaso não foi a Igreja que exterminou as religiões e crenças
"heréticas" e "pagãs" dos índios, impondo a ferro e fogo a
figura de Jesus Cristo, e o próprio catolicismo? Quantos cardeais negros ou
índios existem na Igreja Católica?
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As universidades da Igreja Católica
(PUCs) estão se recusando a mostrar suas planilhas de custos, escondendo o
grande lucro que estão tendo. Essas universidades privadas recebem grandes
recursos públicos, e a PUC gaúcha, por exemplo, é a segunda maior beneficiária
destes recursos. Essas universidades estão desafiando as normas do Plano Real,
sabotando-o descaradamente.
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Os colégios da Igreja Católica têm
tanto lucro que os seus diretores fazem emissão ilegal de divisas para o
Vaticano, sangrando mais ainda, o povo brasileiro e sua economia.
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O povo brasileiro, pobre e sofrido, é
o único que tem moral para apontar e protestar contra tudo que está errado no
Brasil A Igreja Católica está há quinhentos anos de mão dadas com as elites
brasileiras, explorando e mentindo para o povo.
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Durante o '"Debate
Presidente", na rede Bandeirantes, o presidenciável Orestes Quércia disse
que quando foi governador de São Paulo fez a "planificação" familiar
sob a orientação de "Dom" Luciano Mendes. Quanta mediocridade e
medievalismo juntos.
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Existem muitos espiões travestidos de
missionários vivendo em nossa floresta amazônica. Eles enviam nossas plantas
medicinais para os laboratórios estrangeiros. Quando tais medicamentos chegam
de volta até nós (sintetizados e industrializados) somos obrigados a pagar royalties. Às vezes nosso país parece
mesmo ser um deserto de homens e de ideias.
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A assinatura de um advogado num
contrato social Ltda. (micro-empresa) está valendo cerca de R$ 400,00
(quatrocentos reais). Quem faz todo o trabalho, porém, é o contador. É aquela
velha história: "Trabalha o feio prô bonito comedor". Quem inventou
essa patifaria na certa não foram os representantes do povo, mas sim dos
quatrocentos e cinquenta mil advogados inscritos na OAB.
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Apesar da situação dramática em que
vive a maioria do povo brasileiro, Dom Luciano Mendes, da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), está sempre rindo e bem humorado. Recentemente,
ele admitiu publicamente que muitos padres fazem sua "fezinha" na
contravenção do jogo-do-bicho. O religioso parece ter esquecido que
"Deus" não gosta de lucro fácil ("Comerás o pão como suor do teu
rosto"). Dom Luciano esqueceu-se de salientar outros “pecadinhos” da
Igreja. Vamos citar apenas mais dois deles: A venda de droga (álcool) nas
festas e quermesses das paróquias e o "Carnaval com Cristo", que não
é nenhum retiro espiritual durante o carnaval "pagão", mas sim uma
festa de verdade, com samba, dança e tudo mais.
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Todo aquele que tem um mínimo de
inteligência não pode confundir explosão demográfica que "cresce
menos" com índices equilibrados de crescimento populacional, como acontece
nos países do Primeiro Mundo, tais como Alemanha, Inglaterra, Suécia, Noruega,
etc., lugares estes onde a maioria absoluta das mulheres programa
cientificamente o número de filhos.
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Há poucos dias o Brasil estremeceu
novamente. Desta vez com notícias informando que crianças estão sendo
transformadas em eunucos, ou seja, meninos estão sendo castrados. As pessoas,
porém, ainda não estão acreditando que tal aberração possa estar acontecendo de
fato. Todos que têm filhos pequenos devem ter sentido calafrios pelo corpo todo
quando leram tais notícias, pois isto nos conduz de volta à Idade das trevas
onde imperava o terror e a barbárie. Ninguém poderia supor que em pleno final
do século XX ainda pudesse existir na espécie humana espécimes tão monstruosos
e degenerados. Por outro lado, o indivíduo que comete esse tipo de violência
contra uma criança também não pode ser classificado em nenhuma espécie animal
conhecida. Nenhuma besta selvagem, réptil ou inseto seria capaz de tamanha
bestialidade. Que tipo de pena poderia ser aplicada a tais criminosos?
Um argumento a favor do diabo: É preciso
recordar que nós ouvimos só uma versão da história. Deus escreveu todos os
livros (Samuel Butler, 1835-1902, escritor inglês).
SATANÁS, O AMIGO DOS
DEUSES
By L.C. Balreira
O entardecer estava chegando àquela
região da América Latina. Lá em cima, na atmosfera, o Satanás e um arcanjo
travavam uma luta violenta com suas espadas de fogo. De repente o satã é ferido
com gravidade e começa a perder altura. Caiu numa área de macegas e arbustos,
não muito distantes de uma igrejinha isolada. Ele estava desatinado e se
contorcendo de dor. Mesmo assim, conseguiu ver o padre se aproximando pela
trilha, vindo do vilarejo. Já estava bem escuro; o pobre diabo gritou:
– Padre! socorro!!
O padre, com medo, pensando tratar-se
de um bandido, apressou os passos.
– Padre! – continuou o '"coisa
ruim" – sou eu, seu velho amigo e conhecido, ajude-mel
O padre, desconfiado, foi se
aproximando com cautela. Quando se deparou com o demônio, ficou espantado.
– “Maldito” – exclamou o padre – você
é o maior inimigo da Igreja, como pôde usar de truque tão baixo?
– Padre, deixe de ser ingênuo; a
Igreja não poderá jamais viver sem mim!
– o que está dizendo?! – retrucou o
padre – você está completamente louco!
– Não, padre, – discordou o
"príncipe das trevas" apesar de muito ferido, eu nunca estive tão
lúcido. Escute padre! Eu preciso da sua ajuda, se eu morrer sua Igreja morrerá
também. Se eu morrer, ninguém mais precisará de vocês. Pense bem, meu amigo, a
sua Igreja sempre apavorou o mundo com o meu nome, e é por medo de mim que o
colono lhes dá parte de sua colheita; os fiéis lhes dão o dizimo por causa do pavor
que eles têm de mim!
– E ainda tem mais, padre – continuou
Lúcifer – aqueles padres que acreditam de fato na Igreja e em Deus e que amam o
próximo, jamais saem de um fim de mundo, como este aqui. Eles acabam com a
batina esfarrapada, remendada; são desprestigiados pelo Vaticano. Somente
aquele padre explorador, ambicioso e inescrupuloso chega ao cardinalato. Por
isso sua Igreja é tão rica, tão poderosa, tão influente... Assim Lúcifer
continuou falando, até que alguns minutos mais tarde o padre foi visto entrando
na igrejinha, com alguém nas costas, como se estivesse carregando uma cruz
muito pesada.
Nota do autor: O conto "Satanás, o amigo
dos deuses" foi inspirado no conto “O satã”, de Calil Gibran. Foi
publicado no Diário do Amazonas, em 1992, 18 (dezoito anos antes da série “Os
Bórgias”, no TNT).
Se Deus é bom não pode ser' o autor de todas
as coisas que acontece ao homem (Platão - filósofo grego).
O REVISIONISMO HISTÓRICO
Um dos mais importantes fenômenos de
comunicação de massa é o Revisionismo Histórico, que começou a varrer as três
Américas a partir de 1992, às vésperas do quinto centenário de sua descoberta.
Ou, como se diz agora, de sua invasão pelos europeus, já que a glória da
verdadeira descoberta cabe aos próprios índios que aqui chegaram, através do
estreito de Behring, pelo menos 40.000 anos antes.
Além da ferocidade bestial com que
tratavam os nativos indefesos, os colonizadores trouxeram consigo da
civilização européia apenas a força, a fogueira e a espada, além da tuberculose
e da varíola, o que fez deles os fundadores da maior empresa de genocídio e
devastação ambiental da história da humanidade.
A "ferocidade",
"paganismo" e "preguiça", atribuídos de forma irreal aos
indígenas pela História Oficial, perderiam longe para muitos hábitos e costumes
europeus. Para citar apenas um exemplo: A Santa Inquisição da Igreja Católica
se constituiu na mais cruel e "diabólica" máquina dos horrores criada
pelo ser humano, em todos os tempos.
O Revisionismo Histórico poderá,
portanto, acertar os ponteiros enlouquecidos do relógio da história imposta
pelos vencedores, que continuam escravizando os trabalhadores do século XX. A
disparidade entre o salário do operário e o do juiz é a mesma do tempo da
escravidão colonial. E, podemos estar certos de que, se fizermos uma analogia
entre a colônia e a república, encontraremos reciprocidade em tudo. Não resta a menor
dúvida de que o caráter das elites escravagistas do Brasil colonial está
refletido no espelho das elites exploradoras do Brasil de hoje (BALREIRA,
1994).
Para alguns, a Ciência é uma deusa
enaltecida; para outros é apenas uma vaca que lhes dá a manteiga (Friedrich Von
Schiller).
VIVA GALILEU GALILEI!
Há três séculos, o físico italiano
Galileu Galilei (1564-1642) foi condenado pela Santa Inquisição da Igreja
Católica, por ter concordado com a teoria de Nicolau Copérnico (1473-1543), que
afirmar que a Terra gira em torno do Sol. Na época, prevalecia a idéia oficial
da Igreja na qual a Terra era o centro do Universo. Giordano Bruno, que também
se atreveu a dizer que não era o sol que girava em torno da Terra, foi
torturado e queimado vivo pelos leões-de-chácara do Papa. Galileu teve mais
sorte. A pena foi a proibição de seu livro "Diálogos sobre os dois maiores
sistemas do mundo – Ptolomeu e Copérnico" e prisão perpétua, que cumpriu
até a sua morte. Esse crime contra a Ciência e contra a humanidade só foi
reconhecido parcialmente pela Igreja em outubro de 1992. Os documentos que
incriminaram o cientista, publicados em 1984, pela "Academia Pontifícia de
Ciências" chegam agora ao Brasil, comentados pelo padre Sérgio Pagani e
pelo professor Antônio Luciani, ambos italianos.
É difícil de compreender as razões que
levam uma instituição tão criminosa como a Igreja Católica ter tanta riqueza,
poder e influência em pleno final do século XX. É bem verdade que o Papa João
Paulo II, em suas viagens pelo mundo, já pediu várias vezes perdão por todos os
crimes praticados pela Igreja. De nada adianta, porém, ele pedir perdão se a
instituição que ele representa não quer mudar, não quer evoluir. A Igreja
Católica continua anticientífica, gananciosa e exploradora. Pode-se até mesmo
aceitar que Cristo tenha sido um revolucionário político de primeira linha.
Mas, na certa, Cristo não foi um deus onipotente e onisciente. Se tivesse sido,
teria se recusado a nascer para evitar que a Igreja cometesse tantos crimes
hediondos em seu nome. Assim não dá, senhor Karol Woytila! (BALREIRA, 1994).
Nota do autor: No mês de agosto do ano de
1993, o papa João Paulo II desculpou-se pelo apoio da Igreja Católica à
escravidão de negros africanos.
“Deus
não é compatível com a maquinaria, a medicina e a felicidade universal. A gente
tem que escolher. Nossa civilização escolheu a maquinaria, a medicina e a
felicidade” (Aldous Huxley, 1894-1965, escritor inglês).
Piramidologia
O astrônomo americano Carl Sagan, uma
das mentalidades científicas mais brilhantes do nosso século, comentou: “A mais
recente manifestação de interesse pelas pirâmides chama-se “piramidologia”.
Argumenta-se que os aparelhos de barba e os seres humanos se sentem melhor e
duram mais dentro de pirâmides do que dentro de cubos. Talvez. Eu, pessoalmente,
acho muito aborrecido viver dentro desses cubículos. Durante a maior parte de
nossa história os humanos não moraram dentro de tais lugares. Os argumentos dos
entusiastas da piramidologia, porém, jamais foram constatados sob condições
apropriadas de controle. De novo, o ônus da prova não foi alcançado” (Broca’s
Brain. Tradução: L.C.Balreira).
Broca's Brain: Reflections on
the Romance of Science by Carl Sagan (Mass Market Paperback - February 12,
1986).
Projeção Astral
Segundo Carl Sagan, a projeção astral
seria de facílima comprovação, se ela existisse de fato. Bastaria colocar um
livro no alto de uma prateleira, com o título voltado para o teto, de modo que
não pudesse ser visto do solo. Para aquele indivíduo, cujo “espírito” pudesse
sair do corpo e flutuar pelo ambiente (“projeção astral”), seria muito fácil
ler o título do livro e, depois de ter voltado ao corpo – junto ao solo –,
mencioná-lo (SAGAN, 1986). Portanto, no dia em que alguém fizer isso pode-se crer
que os cientistas não só aceitarão as evidências como também ficarão muito
felizes pela comprovação de algo tão fantástico (SAGAN, 1986). (Tradução:
L.C.Balreira).
.
Sonho Premonitório
Durante o sono, à noite, uma pessoa
sonha com a queda de um avião. Durante o café da manhã ela comenta o sonho na
presença de várias pessoas. Ao meio-dia acontece um desastre aéreo no aeroporto
da cidade. Alguns dias depois toda a população fica sabendo que o desastre foi “profetizado”.
De acordo com cálculos matemáticos e pesquisas, milhões de pessoas sonham todos
os dias com desastres aviatórios, mas felizmente nem sempre eles acontecem.
Dificilmente as pessoas espalham aos quatro cantos que foi sonhada uma tragédia
que não aconteceu. A primeira hipótese, porém, os supersticiosos chamam de “sonho
premonitório” (SAGAN, 1986). (Tradução: L.C.Balreira).
“Um
cientista eminente anunciou que, em sua opinião, vida inteligente é possível em
muitos planetas - inclusive na Terra” (anônimo).
OS DEUSES DEVEM ESTAR
LOUCOS!
É estarrecedora a situação em que se
encontra o povo amazonense. O Distrito Industrial já há vários anos não é mais
o mesmo. Milhares de operários e funcionários que perderam seus empregos
continuam desempregados. A Zona Franca de Manaus mais parece uma cidade
fantasma. O Turismo e a hotelaria no Amazonas estão completamente falidos.
Enquanto isso, a terrível lepra se desenvolve de maneira implacável, mesmo
tendo os cientistas já, há muito tempo, descoberto a cura de tal doença.
Por outro lado, a população de Manaus
está sem a liberdade de ir e vir, pois a ex-rodovia que ligava esta capital ao sul
do país está virada num verdadeiro brejo. Os escândalos financeiros, a
corrupção, o empreguismo familiar, a incompetência, e o enriquecimento ilícito
estão cada vez mais escandalizando os amazonenses. As máfias que tomaram conta
da vida e do destino do povo estão tocando fogo em tudo. Não escapa nem mesmo
os fóruns e a Suframa.
Os amazonenses, mesmo vivendo no
maior, mais rico, mais fértil estado brasileiro ainda estão importando 80% dos
alimentos que consomem. Há poucas semanas, os amazonenses ficaram perplexos e
boquiabertos ao ver um pai desesperado a exibir diante das câmaras de TV o
cadáver de seu pequeno e amado filho. A tragédia aconteceu devido ao descaso e
ao caos em que se encontram as previdências sociais, do Estado do Amazonas e do
município de Manaus. Muitos demagogos costumam beijar as criancinhas, durante
as campanhas políticas. Para fazê-lo, porém, é preciso amá-las de verdade.
É difícil acreditar que apesar dos
milhares de problemas que o povo enfrenta foram gastos 6 milhões de dólares na
cobertura de um circo (sambódromo[*]).
Os deuses devem estar loucos! Sem dúvida alguma (BALREIRA, 1994).
“A
Ciência é alma da prosperidade das nações e a fonte de vida do progresso”
(Louis Pasteur)
APOCALIPSE NOW?
A luta entre os antibióticos e micróbios
nos dá uma visão clara de um perigo avassalador que espreita a humanidade: as
mutações genéticas dos micróbios e a incapacidade progressiva dos antibióticos
em detê-los. A qualquer momento pode surgir um micróbio tão ou mais devastador
do que aquele causador da peste negra ou bubônica que dizimou um terço dos
habitantes da Europa medieval.
No filme “A guerra dos mundos”, um
clássico do gênero, do cinema americano, os E.T.s ou alienígenas que invadiram a
Terra só foram derrotados (mortos) pelos micróbios em suspensão na atmosfera.
Depois da vitória dos “micros terráqueos” sobre os inimigos, um padre,
personagem da estória, chamou os micróbios de “criaturinha de Deus”. Acontece
que essas criaturinhas sempre foram genocidas, matando e eliminando uma
significativa parcela da humanidade.
A ciência sempre lutou contra essas
“criaturinhas de Deus”, em defesa da
vida humana; Os cientistas, portanto, precisam, cada vez mais, ser ouvidos,
compreendidos e valorizados (BALREIRA, 1994).
“Os diabos se dividem em anjos decadentes e em
gente que faz carreira” (Stanislaw Jersy Lec, 1909-1966, escritor polonês).
OS MONSTROS E OS
CANALHAS
O canalha-bonzinho é um tipo de
governante fatalista e resignado. Justiça social? Nem pensar! Para ele, a
pobreza e a miséria já existem há milhares e milhares de anos e é impossível
mudar a situação. Geralmente os canalhas-bonzinhos nutrem um sentimento
inconsciente de ódio e desprezo pelo povo. Eles se acham “o máximo”, estão
sempre alegres e otimistas. Eles costumam justificar qualquer tragédia ou
sinistro (mesmo aqueles totalmente evitáveis) dizendo, com a maior tranquilidade:
“Isto já aconteceu antes em outros países”. Eles costumam ter uma desculpa
esfarrapada para tudo.
No final de um determinado tempo, o
canalha-bonzinho deixa o povo numa situação tão grave que aparece o “monstro” se
propondo a retirar toda a lama e a sujeira acumulada. O monstro, ao contrário
do canalha-bonzinho, é um eterno pessimista e está sempre de cara amarrada.
Para ele, está tudo sempre errado, é um insatisfeito em potencial. O monstro
quer a perfeição social a qualquer preço.
Os monstros geralmente não são ladrões
e nem corruptos, mas sua crueldade não encontra limites. O próprio Adolf Hitler
encomendou aos cientistas um método indolor para a morte das lagostas; com os
seres humanos, porém, ele passou a não ter a menor piedade. Quando o
planejamento familiar, por exemplo, não foi instituído pelo canalha-bonzinho o
monstro se vê obrigado a eliminar todo aquele que for contra o controle da natalidade.
Hoje, todos nós sabemos que enquanto os monstros e os canalhas-bonzinhos, que
tanto se revezam no poder, não seguirem métodos científicos e harmoniosos na
condução dos assuntos do povo, eles jamais deixarão de ser monstros e canalhas;
inimigos tão ferrenhos, semelhanças e afinidades tão estreitas (BALREIRA,
1994).
“Alguns
vencem por seus crimes, outros são derrotados por suas virtudes” (William
Shakespeare, 1564-1616, dramaturgo inglês).
O SÍMBOLO SEXUAL DA TV
GLOBO
O “Fantástico” da Rede Globo fez uma
entrevista com o Comandante Marcos, líder guerrilheiro do Exército Zappatista,
no México. A TV Globo aproveitou para mostrar a todo o Brasil e também para uma
cadeia de televisão americana a pobreza e a miserabilidade em que vive uma
parte étnica da população cuja causa estava sendo defendida pelos revoltosos.
Aqui, no Brasil, durante a ditadura
militar de 64, nós tivemos uma versão do Cmte. Marcos. O nosso Robin Hood era
Carlos Lamarca, um capitão do Exército Brasileiro que resolveu se “estabelecer
por conta própria”, levando consigo um caminhão QT abarrotado de armamento e
munição.
Independentemente de ideologias,
pode-se dizer que o capitão Lamarca teve uma vida bem mais espetacular e
movimentada que a versão mexicana que nos foi apresentada. Para que tenhamos
uma ideia, certa vez, Lamarca e seus homens se depararam com 20 mil soldados do
Exército Brasileiro os quais foram tentar destruí-lo. Por mais incrível que
possa parecer, ele saiu dessa batalha “vivinho-da-silva”.
Outra vez, ele roubou dois cofres, com
milhões de dólares, do apartamento da amante do governador de São Paulo,
Adhemar de Barros. Detalhe: o lugar ficava no alto de um arranha-céu. Os
dólares eram da caixinha da corrupção do governador (no Brasil a corrupção é
tão antiga quanto a miséria e escravidão do povo).
No entanto, nenhum repórter da TV
Globo quis jamais entrevistar o capitão Lamarca, muito menos torná-lo um
símbolo sexual para as mulheres brasileiras, como foi proposto ao encapuzado
líder da guerrilha mexicana, pelo repórter Paulo Henrique Amorim. No Brasil as
coisas continuam na base do salve-se quem puder. O povo é quem está certo
quando diz: “Pimenta nos olhos dos outros é colírio” (BALREIRA, 1994).
“Justiça
atrasada não é Justiça, senão injustiça qualificada e manifesta” (Rui Barbosa,
1849-1923, jurista brasileiro).
BRASIL, O ANTRO EM QUE
VIVEMOS PERIGOSAMENTE
Enquanto a população dos países ricos
dobra a cada 111 anos, bastam 34 para que ela dobre nos países do Terceiro
Mundo. Dos 3,2 bilhões de pessoas que deverão nascer nas próximas três décadas,
conforme estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 200 milhões
viverão nos países desenvolvidos. Os 3 bilhões restantes tentarão a
sobrevivência nas regiões mais pobres e miseráveis da Ásia, África e América
Latina.
Hoje, os países pobres abrigam 75% da
população. Metade dela concentra-se em seis países: China, Brasil, Índia,
Indonésia, Bangladesh e Nigéria. Aqui, a população alcançou a marca dos 150
milhões. Na centenária Maternidade de São Paulo nascem de 16 a 20 mil bebês por
ano. A assistente social Marizabel Torres observou, após circular pelos
corredores do hospital, que entre 66 mulheres, apenas seis estavam alojadas na
ala particular. Os pobres e os miseráveis continuam tendo mais filhos.
As famílias de baixa renda e pouca
escolaridade são as que mais procriam no Brasil (5,4 filhos, em média, por
mulher), já está mais que comprovado que essas pobres mulheres querem ter
acesso ao planejamento familiar. Forças reacionárias e retrógradas como a Igreja
Católica, porém, não admitem métodos científicos de contracepção. Quando se
trata de doutrina a Igreja prega pelo método sobrenatural, quando o assunto é
planejamento familiar ela prega método naturais ( impraticável no estilo moderno
de vida).
O médico Nilson Roberto de MeIo,
responsável pelo Setor de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas de São
Paulo e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, critica
a Igreja Católica: “Ao admitir apenas os métodos naturais de anticoncepção, a
Igreja traz um malefício terrível” ... “já vi, em Fortaleza, uma menina de 15
anos com três filhos”.
Em consequência disso, os pobres do
Brasil estão sofrendo um verdadeiro holocausto. Ao invés de terem a
possibilidade de impedir a fecundação do óvulo, as pobres mulheres brasileiras
estão sendo obrigadas a ver seus filhos sendo “desovados”, aos milhares, nas
penitenciárias, nos terrenos baldios, nos morros (guetos), varadouros, etc.
Mortos, bem depois de terem nascido, depois do apego à vida, ao consumo, a tudo
de bom que o capitalismo porco e selvagem do Brasil pode oferecer a uma minoria
apenas.
Por outro lado, as mães da classe
média também têm seus filhos assaltados e mortos pelos filhos das classes pobre
e miserável (assaltados também pela classe política). E isto não é justo, pois
a classe média, de modo geral, costuma fazer o planejamento familiar científico
para evitar que seus filhos se tornem bandidos ou párias da sociedade.
O cientista José Goldemberg, ex-reitor
da Universidade de São Paulo, afirma: “O que a experiência dos últimos 20 anos
mostra é que o melhor contraceptivo não é o desenvolvimento, mas o uso de
contraceptivos”. De fato, o primeiro passo para o desenvolvimento econômico,
social e cultural de um povo é o planejamento familiar e a paternidade
responsável na célula base de uma nação, que é a família.
O Estado já está há muito tempo, na
teoria, separado da religião. Está na hora de pôr em prática essa lei. Está na hora,
também, de estabelecermos de maneira firme e insofismável o planejamento
familiar e a paternidade responsável no Brasil (BALREIRA, 1994).
“Não
amo a Deus porque não o conheço e não amo o próximo porque o conheço”
(Montesquieu, 1689-1755, filósofo francês).
O UMBIGO DE JESUS CRISTO
Durante a Semana Santa, temos sempre
com mais intensidade, a oportunidade de ver a figura do Cristo reproduzida
através da pintura, da escultura, do cinema, etc. Este ano (1994), na Semana
Santa última, nos foi permitido até mesmo assistir pela TV uma reportagem onde
o “Salvador” da humanidade foi hipoteticamente colocado nas condições de Deus,
profeta e revolucionário político.
Desde a mais tenra idade nos foi
ensinado que Cristo era o filho de Deus, portanto, um Deus também. E, embora
seja considerado filho de Maria e José, Ele não foi gerado através da relação
sexual, da maneira de nossos pais, “pobres pecadores”. Poderíamos então,
deduzir que Jesus, pertencendo à estirpe dos deuses, tenha dispensado o cordão
umbilical, tão característico do reino animal.
No entanto, podemos observar que as
artes reproduzem o menino e o homem-deus com um umbigo, tão característico da
espécie humana. Será que os artistas estão profanando a ideai da condição
divina de Jesus Cristo? Ou será que o “homem” de Nazaré pertenceu de fato e de
direito à espécie humana?
Um dia, talvez, tenhamos acesso, de
uma forma ou de outra, à história real dessa figura tão miraculosamente
difundida no Ocidente. É possível, até, que antigos pergaminhos*, como aqueles encontrados nas
cavernas do Mar Morto, possam um dia nos dizer onde estava Jesus o Jesus
histórico, pelo menos, entre os 12 e 33 anos. Por que ele tinha pele e olhos
tão claros (como quer Paiva Netto), já que “nasceu” entre um povo com
características tão diferentes?
Ou, então, possa pelo menos nos dizer
por que o “Salvador” não voltou ainda para acabar o serviço que deixou pela
metade (BALREIRA, 1994).
“No
Brasil há um luxo grosseiro a par de infinitas privações de coisas necessárias”
(José Bonifácio de Andrada e Silva, 1763-1838, estadista brasileiro).
O sultão de Brunei, país que fica
sobre um superlençol de petróleo, possui uma fortuna de 37 bilhões de dólares.
Graças à exportação de gás e petróleo, o sultão ganha muito mais dinheiro do
que necessita para pagar as despesas de um território tão pequeno. A população
(217 mil habitantes, aproximadamente) não paga impostos. Transportes, saúde e
educação são gratuitos. Mesmo assim, ainda sobra cerca de 1 bilhão para aquela Majestade
investir no exterior. O retorno é garantido, graças aos juros.
O Brasil poderia estar numa situação
tão privilegiada quanto o sultanato de Brunei. Embora não tenhamos tanto
petróleo e gás, vivemos no maior país do mundo em terras cultiváveis. O Proálcool,
por exemplo, foi um projeto que poderia facilmente ter nos conduzido ao Primeiro
Mundo. O “nosso” país não só teria sua frota de transportes movida por um
combustível próprio, de fonte renováveis, e menos poluente, mas seria também um
grande exportador de álcool e veículos movidos por tal combustível.
A produção nacional de petróleo seria
endereçada à petroquímica brasileira, e ainda sobraria petróleo para exportar.
O Proálcool, porém foi covardemente sabotado pelos traidores de nosso povo, que
deixou, mais uma vez, de dar um salto em direção ao futuro. Parabéns aos
traidores. Meus pêsames, Brasil!
“A
verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela” (Max Frisch, 1911-1991,
escritor suíço)
O CONTO DE FADAS DA TV
GLOBO
Há poucas semanas, todo o Brasil teve
a oportunidade de assistir pela TV Globo uma reportagem sobre a família
Kennedy. O repórter (Paulo Henrique Amorim) passou quase que o programa todo se
perguntando: Como, um fracassado, um perdedor, um débil mental como Lee Oswald
pôde ter matado um vencedor, um “príncipe” como John Kennedy? Se Lee Oswald era
um débil mental, o que se poderia dizer dos homens responsáveis pela segurança
do presidente, já que eles dispunham de bilhões de dólares para fazê-lo?
Lee Oswald era um homem fanático, ele
tinha uma causa, uma doutrina. Os fanáticos, porém, não são loucos, tampouco debiloides;
são, isto sim, perigosos para seus inimigos. A família Kennedy, em particular,
nos foi apresentada pelo Globo Repórter sob a óptica de um emocionante conto de
fadas. Mas todos nós sabemos que a realidade sempre é bem diferente. Vamos
lembrar ao repórter da TV Globo que os laços entre a família Kennedy e a Máfia
remontam à época da Lei Seca, quando o pai de John, Joseph kennedy, fez fortuna
com o tráfico de drogas (o tráfico de uísque, ou qualquer outra bebida
alcoólica era tão criminoso naquela época quanto o da cocaína atualmente).
John Kennedy, por sua vez, apesar de
sérios problemas na coluna vertebral, não poupava esforços para botar chifres
na cabeça da coitada da Jaqueline. Em público, porém, o casal sempre se
comportou como dois pombinhos católicos.
As amantes mais famosas do presidente
Kennedy eram lindas de fato. Uma delas foi a superstar Marilyn Monroe, que também foi amante de Robert, irmão de
John e Ministro da Justiça norte-americana. A infeliz Norma Jean (verdadeiro
nome de Marilyn), como se sabe, teve um fim dramático; provavelmente foi
assassinada. A autoridade máxima dos Estados Unidos da América, a Catedral do
Capitalismo, tinha outra amante (Judith Exner) que pegava das mãos dele malas
cheias de dólares e as entregava a Salvatore Giancana, chefão da máfia.
Isto está parecendo mais o “samba do
crioulo doido” do que um conto de fadas, não é mesmo? A “princesa” Jaqueline,
depois da morte do “príncipe”, casou com um velho feio e míope que mais parecia
um sapo. Em compensação era um dos homens mais ricos do planeta. Seu nome,
Aristóteles Onassis que, a exemplo de Joseph Kennedy, também começou sua
fortuna com o crime. Foi contrabandista e deve ter sido também sonegador,
especulador, atravessador, etc.
Certos setores da mídia adoram criar
mitos para o povo. O povo, porém, já não suporta mais esses ídolos com pés de
barro cujo habitat natural é o mar de lama (BALREIRA, 1994).
“A
Ciência rivaliza com a mitologia em milagres” (Ralph Waldo Emerson, 1803-1882,
escritor americano).
O BAÚ DA FELICIDADE DOS
ESPÍRITOS
É estarrecedor o baixo nível do
sensacionalismo de alguns setores da mídia brasileira. Já não basta aquele
famigerado e quinto-mundista “Aqui Agora”, onde a desgraça do povo se
transforma num espetáculo circense, onde “trapezistas” se jogam do alto dos edifícios
sem rede alguma para ampará-los, a não ser a do SBT, é claro.
Agora eles também querem causar
arrepios no telespectador tirando do baú velhas e surradas teorias
sobrenaturais. Ultimamente a preferência tem sido “a vida depois da morte”.
Domingo passado foi a vez do Sílvio (Abravanel) Santos, aquele do prêmio “Nobel
de Química”, por ter feito uma alquimia no domingo brasileiro, transformando-o
numa “merda”.
Pois bem, Sílvio Santos nos apresentou
um cirurgião incompetente que admitiu ter quase matado a própria sogra, e outro
paciente que estava com ele naquele programa dominical. Durante o tempo em que “ficaram
mortos” na mesa de cirurgia eles começaram a fazer uma viagem doce e
psicodélica em direção à outra vida (só não sabemos se para o passado ou para o
futuro). Para azar dos “mortos”, que estavam adorando a viagem, eles foram
revividos na sala de cirurgia e seus “espíritos” tiveram que retornar às
pressas para o asqueroso capitalismo selvagem brasileiro.
O especialista em “vida após a morte”
do SBT, também se declarou parapsicólogo, mas não nos disse de qual tipo.
Existe a parapsicologia eclética (Católica), a Espírita, e muitas outras.
Porém, todo mundo sabe que a parapsicologia mais avançada é a Russa, que jamais
constatou um indício sequer da existência de vida após a morte, tampouco
constatou a presença de anjinhos batendo asas no céu.
Cirurgiões e cientistas mundialmente
conceituados e respeitados já estão cansados de explicar que esses fenômenos
virtuais relatados por pacientes operados não têm coisa alguma de sobrenatural;
eles estão diretamente relacionados às drogas introduzidas nos pacientes antes
e durante a cirurgia, bem como à psicologia dos mesmos.
É por essas e outras que o “nosso”
país se encontra no mais completo caos social, econômico, moral e cultural
(BALREIRA, 1994).
“Todo
mundo fala de progresso, mas ninguém sai da rotina” (Émile de Girardin,
1806-1881, jornalista francês)
A IGREJA CATÓLICA CONTRA
OS ANTICONCEPCIONAIS
Os padres e os dignitários da Igreja
Católica não têm filhos, para que possam se dedicar exclusivamente ao Vaticano.
Eles não sofrem na carne problemas que afligem a família brasileira. A Igreja é
uma empresa internacional, multinacional, portanto, não tem preocupações com
nacionalidade e patriotismo. A Igreja é uma grande latifundiária. Aluga
milhares de casas e apartamentos. Essa organização possui milhares de colégios
e escolas, centenas de Universidades. É acionista de grandes empresas, possui banco
particular, o Banco de Deus, enfim, a Igreja tem tudo, enquanto a maioria
absoluta do povo brasileiro está com sérios problemas, que foram se acumulando
desde o descobrimento do Brasil. E a Igreja vem acumulando cada vez mais
riquezas e poderes desde aquela época.
A Igreja se manteve calada e conivente
com o poder, inclusive, na época da escravidão dos negros do Brasil colonial. Cristo
tolerava a escravidão? Hoje, na era moderna, os padres e dignitários da Igreja
usam o avião, os automóveis, televisão, vacinas, medicamentos, enfim, milhares
e milhares de benesses científicas; porque então as mulheres não podem usar
métodos científicos de planejamento familiar? Aqui vai um apelo desta página “Voz
da Ciência” a todas as mulheres católicas que frequentam as paróquias e que
usam métodos científicos de contracepção: Peçam às autoridades da Igreja
Católica, no Brasil (através dos párocos e vigários), para que eles não façam
mais lobbies contra os métodos científicos de planejamento familiar. A Ciência
agradece encarecidamente (BALREIRA, 1994).
“A
Ciência é a procura da verdade; não é um jogo no qual uma pessoa tenta bater
seus oponentes, prejudicar outras pessoas” (Linus Pauling, cientista norte-americano,
prêmio Nobel de Química).
UM PARTIDO CIENTÍFICO
Albert Einstein, um dos maiores gênios
científicos da humanidade, morreu desgostoso por terem seus conhecimentos
influenciado na criação das bombas atômicas. Santos Dumont, o gênio fantástico
que inventou o avião, cometeu o suicídio; também desolado, vendo seu sonho
imaculado ser transformado em máquina de guerra e destruição. Werner Von Braun,
cientista alemão, maior gênio dos foguetes, quase foi executado por Adolf
Hitler, quando protestou pelo fato de seus foguetes estarem causando destruição
da Inglaterra. Estes são apenas três exemplos entre milhares de outros, em que
invenções e descobertas científicas, que se destinavam ao bem, foram utilizadas
para o mal (ou combatê-lo) e para a destruição.
Se os cientistas tiverem em mãos todas
as verbas que hoje são usadas para satisfazer o ego dos políticos, eles
poderiam transformar o planeta Terra num verdadeiro paraíso. O mundo já conhece
a índole maravilhosa dos cientistas, por isso não mais podemos admitir que os
mesmos continuem submissos à autoridade e ao poder de seres animalescos. Os
reis, imperadores, políticos, religiosos, etc. estão se revezando no poder a
séculos e jamais resolveram os problemas do povo. Pelo contrário, somente
roubaram, mataram, corromperam e mentiram. Já basta, é a hora e a vez da
Ciência. O povo deve exigir a presença dos cientistas no poder (BALREIRA,
1994)..
“Diga
a verdade e saia correndo” (Provérbio iugoslavo)
OS DEUSES MALDITOS
A partir da meia-noite do dia 24 de
dezembro próximo (1994) a Legião da Boa Vontade estará iluminando a faraônica
sede do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica. Até lá temos ainda quatro
meses pela frente. Nesse meio tempo, no Brasil, infelizmente, nem Jesus Cristo
impedirá que a imensa maioria das crianças pobres continue convivendo com a
fome, a miséria e a morte.
Antes, durante e depois do dia do
nascimento do líder da cristandade, tudo continua para os pobres como está
sendo há milhares de anos. Aqui no Brasil, os religiosos continuarão a viajar
de primeira classe e frequentar hotéis de luxo com as esmolas destinadas aos
pobres e aos deuses. Templos faraônicos são e continuarão sendo erguidos.
Emissoras de rádio e canais de televisão continuarão sendo compradas. Somente
no Brasil a Igreja Católica tem cerca de 150 (cento e cinquenta) emissoras de
rádio.
Tudo isso para que a lavagem cerebral
religiosa continue por séculos e mais séculos. A única esperança de revertermos
esta situação grave está na Ciência, na tecnologia, na lógica, na coerência, na
razão (BALREIRA, 1994).
“Detesto
as vítimas quando respeitam seus algozes” (Jean-Paul Sartre, 1905-1980,
filósofo francês).
A VAIDADE DOS DEUSES
Segundo a Bíblia, havia um homem na
terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se
desviava do mal. Era um homem rico e tinha uma família feliz. Certo dia, porém,
Deus estava batendo um papinho com seu adversário, o Satanás, que havia voltado
de um tour pela Terra. Satanás, aliás, era um típico boa-vida, estava sempre a
rodear a Terra, e a passear por ela.
Conversa vai, conversa vem, quando o diabo
roncou nas tripas do Satanás. Este desafia Deus: “Por acaso, Jó tem mesmo medo
de Ti? Eu duvido muito!”... Para encurtar a estória, os dois acabaram fazendo
uma aposta (jogatina é crime?) que desgraçou completamente a vida de Jó e seus
familiares. Deus impôs a seu servo fiel todo o tipo de maldade e perversidade,
inclusive o assassinato de seus familiares. Apesar de tudo Jó continuou amando
e respeitando seu algoz.
Albert Einstein, um dos maiores
cientistas da humanidade nos disse que entre a casta sacerdotal e a casta
política se estabelece uma comunidade de interesses. Por que o grande Einstein
falou isso? É muito simples de entender. A casta política dominante quer o povo
manso, obediente, servil, conformado, sendo que a casta sacerdotal se encarrega
de pôr em prática esse processo. É por isso que quanto mais pobreza e injustiça
social existem num determinado país mais forte, ricas, poderosas e influentes
são as religiões.
Nesse tipo de sistema não há interesse
por educação (a não ser como atividade lucrativa), cultura, Ciência (esta
última nem mesmo como atividade lucrativa), etc. No Terceiro Mundo, apelidado
de “países em desenvolvimento”, aqueles que conseguem se tornar cientistas,
precisam, muitas vezes, se transferir para o Primeiro Mundo para não morrerem
de fome, ou para continuarem sendo cientistas.
Nas nações onde predomina o fanatismo
religioso acontece todo o tipo de aberrações: os religiosos prometem o inferno
para as mulheres que fazem o planejamento familiar científico; crianças e
adultos são proibidos de fazer transfusão de sangue, mesmo que a vida deles
dependa disso. Meninas têm o clitóris cortado “na marra” (sem anestesia sequer)
para permanecerem virgens até o casamento e para que não sintam desejo ou
prazer sexual. Indivíduos albinos são mortos e esquartejados. Os livros
sagrados pregam a crueldade machista contra as mulheres. A lista dessas
aberrações são astronômicas.
Recentemente, viu-se a religião também
incorporada na Semana da Pátria, os fanáticos desfilaram com gigantescos
retratos de um Cristo de traços fisionômicos exageradamente nórticos ou
arianos, num explícito desrespeito à miscigenação característica de nosso povo.
Entre outras coisas, aquele desfile poderia nos fazer lembrar as procissões da
Igreja medieval nas quais cientistas, pensadores, intelectuais eram conduzidos
para a morte na fogueira, caminhando atrás de enormes crucifixos.
Certos energúmenos ainda insistem em
querer confundir o povo dizendo que Ciência e religião são a “mesmíssima”
coisa. Uma asneira dessas só é dita com propriedade por certos fanáticos
religiosos em países onde a maioria do povo desconhece totalmente a história de
milhares de pessoas como Giordano Bruno, Miguel Servet, Kepler, Galileu
Galilei. Desconhecem até mesmo milhares e milhares de guerras do passado, e
ainda do presente, entre as diferentes religiões. Tudo isso por causa da
burrice, da estupidez e da vaidade dos deuses e de seus fiéis seguidores
(BALREIRA, 1994).
“Ninguém
pode esperar ser compreendido até que os outros aprendam a linguagem em que
fala” (Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, 1888-1935, poeta
português)
O ASSASSINATO DOS
MAMONAS
Na música “Cabeça de Bagre II” eles
criticam e debocham, da Justiça, da Polícia, dos políticos e do futebol (como
instrumento alienante). No “Mundo Animal” eles falam em cópula com bichos e
relações sexuais com mãe, irmã e tia. “Débil Mental” denuncia o poder
norte-americano no seu quintal brasileiro. O “Robocop” católico se torna gay. “O Homem é corno e cruel, mata a
baleia que não chifra e é fiel...”.
Estava tudo correndo bem no “disco-circo”
brasileiro. Não havia nenhum fenômeno musical contestador ou anarquista digno
de maiores preocupações. “Subversivos” do tipo Geraldo Vandré, Taiguara, Chico
Buarque, Gil, Caetano[†]*,
e outros, já haviam sido há muito controlados pela “democracia” brasileira pós-ditadura
64. A maioria deles ficou rica e passou para o lado do capitalismo selvagem brasileiro;
pelo menos as grandes feridas do Monstro não deveriam mais ser tocadas pelo
dedo do artista.
Eis que, de repente, surge o grupo
Mamonas Assassinas. “Jesus Cristo, eu estou aqui” bruscamente fora substituído
por “Sabão Crá-Crá, Sabão Crá-Crá”. O que mais apavorou os Guardiões do nosso
capitalismo ultra selvagem foi a adesão frenética das criancinhas à subversão
da ordem estabelecida há cinco séculos em terras brasileiras. Isto era uma
verdadeira concorrência desleal. O sistema leva anos e mais anos fazendo uma
lavagem cerebral religiosa, servil, obediente, conformista, na cabeça das
criancinhas, agora veem esses caras fantasiados de coelho para pôr tudo por água
abaixo?
Até mesmo uma picareta como “Mãe Dinah”
sabia que Os Mamonas não poderiam continuar vivos. O que muitos não sabem ainda
é que os Guardiões iriam usar a própria Mãe Dinah para assassinar o grupo.
Sabotar o avião seria desnecessário. Sabotar a mente dos pilotos e dos Mamonas
seria bem mais eficiente. A coisa toda já havia funcionado com o velho Ulisses
Guimarães. A própria “'Mãe Dinah”, essa deusa mística da medieval televisão
brasileira, disse para todo o Brasil que o velho Ulisses foi vitima de
sabotagem.
Pelo amor da Ciência! Como é triste
viver numa republiqueta anárquica do Terceiro Mundo! Uma mulher declara num
canal de televisão que um dos mais famosos políticos do Brasil fora assassinado
juntamente com várias outras pessoas, num helicóptero, e nada acontece? Pela
bilionésima vez onde está a Justiça e a Polícia deste país? Por que essa mulher
não foi interrogada até agora?
O mais estarrecedor é o silêncio que a
mídia televisiva brasileira impõe à Ciência. Qualquer psiquiatra ou psicólogo
que trabalhe com hipnose e sugestão mental sabe que quando aquela debiloide
cognominada “Mãe Dinah” cita nomes nas suas “previsões” catastróficas ela se
torna uma assassina em potencial. Os mecanismos do inconsciente, tão
brilhantemente estudados pelo grande cientista Sigmund Freud, demonstram que a
sugestão mental negativa pode se tornar facilmente “profecia” criminosa.
Pobres Mamonas queriam apenas fazer um
pouco de humor negro sem precisar pagar um preço tão alto. Eles sabiam que as
crianças enjoam logo seus brinquedos novos. Na certa não emplacariam um novo LP
nos mesmos moldes do primeiro. Mesmo assim o grupo fez muito inimigos:
Guardiões, bruxas, inquisidores, empresários gananciosos, ritmo alucinante de
viagens, aviões colados com Durepox (BALREIRA, 1994).
“Devemos
encarar o estado presente do universo como o efeito de seu estado anterior e
como causa daquele que se seguirá” (Marquês Pierre Simon de Laplace, 1749-1827,
astrônomo e matemático francês).
O Cosmo tem dois possíveis destinos. Pode
continuar se expandindo para sempre ou contrair-se de novo e terminar no Big Crunch. De acordo com a segunda
tese, o Universo depois de um determinado momento deverá entrar em colapso
regredindo até tornar-se um único ponto com densidade e temperatura infinitas.
Isto quer dizer que o Universo voltaria à sua forma primitiva anterior ao Big
Bang. O resultado será uma nova explosão. Um renascer das cinzas que se
repetirá eternamente.
Essa teoria do Big Crunch não deixa de ser atraente, pois poderíamos supor que
toda a vida no planeta Terra, bem como em toda e qualquer região do Cosmo
voltaria a se repetir. Densidade quer dizer muita massa e peso em relação ao
volume. Densidade e temperatura infinitas anteriores ao momento de um
determinado Big Bang significaria um
mesmo trajeto, um mesmo caminho, um mesmo roteiro para a matéria explosiva do Universo.
A matéria ficaria tão densa, tão
unida, tão compacta que seria praticamente impossível uma expansão diferente
da(s) anterior(es). Portanto, voltaria a haver vida. A História no planeta
Terra voltaria a se repetir cada vez que o Universo se expandisse após uma
contração. As mesmas guerras, os mesmos conflitos do passado, infelizmente,
também voltariam a acontecer. Seria como rodar de novo um filme no cinema, após
retroceder a fita.
Para tal renascimento, os seres
humanos, tão apegados à vida, não precisariam esperar bilhões e bilhões de anos
para renascerem, após suas respectivas mortes. Bastaria fechar os olhos e abri-los
novamente numa outra dimensão. Simplesmente o tempo não existe sem a
consciência biológica. Para nos darmos conta disso é só percebermos o tempo
após passarmos por uma cirurgia de várias horas, ou uma coma profunda de vários
meses. Pareceria frações de segundo.
O tempo separado da consciência humana
não faz distinção entre segundos, minutos, horas, ou bilhões e bilhões de anos.
Para que possamos ressurgir ou renascer, no entanto, coisa alguma dependerá dos
homens, tampouco dos deuses, tudo dependerá, apenas e tão somente do
comportamento de toda a matéria contida no Universo.
“Tudo
já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo” (André
Gide, 1869-1951, escritor francês)
DESORDEM E DESPROGRESSO
O Brasil tem, de fato, extenso litoral
e fabulosas riquezas, além de ser comprovadamente o maior país do mundo em
terras cultiváveis. Em compensação tem os políticos mais corruptos e
incompetentes do mundo. O fanatismo religioso é outra face abominável em nosso
país.
No limiar do século XXI, fanáticos
religiosos como Karol Wojtyla continuam dando ordens aos governantes
brasileiros, mesmo em questões fundamentais como planejamento familiar e
paternidade responsável. Que autoridade moral pode ter um homem que representa
uma instituição com um passado supercriminoso, como a Igreja Católica
Apostólica Romana?
Como podemos confiar nas deliberações
e imposições de uma máfia que queimava cientistas na fogueira, serrava
homossexuais ao meio, e vendia cadeirinhas no céu para pecadores abastados. Sem
falar nos milhares de outros tipos de atrocidades, bestialidades e
perversidades. Já está mais do que na hora de nosso povo despertar e enfrentar
seus reais inimigos.
Estamos vivendo quase 500 anos de
traições e engodos. Temos que enfrentar nossos problemas de maneira científica
e racional. O Brasil precisa imediatamente de planejamento familiar,
paternidade responsável; punição para sonegadores, especuladores, fraudadores,
depositários infiéis, e todos os demais crimes do colarinho branco.
Somente prender ladrões de galinha e
mulheres que roubam mamadeiras em supermercados é hipocrisia e canalhice. Se o
Brasil continuar por mais tempo na “desordem e desprogresso” nosso povo
sucumbirá de uma vez por todas aos pés de nossos algozes tradicionais. Desperta
Brasil!
“Deus
está morto. Mas, considerando-se o estado da espécie humana, talvez por
milhares de anos ainda haja cavernas em que sua sombra será mostrada”
(Friedrich Nietzche, 1844-1900, filósofo alemão).
SANTA IGNORÂNCIA
Parece até mentira, mas é a pura
verdade, o Universo evoluiu cerca de 20 bilhões de anos para formar uma
republiqueta degradada chamada “Brasil”. Qualquer sociedade do mundo animal tem
mais lógica e coerência do que a sociedade do Homo sapiens “brasileirus”.
Na verdade, se não fosse os cientistas os seres humanos poderiam ser chamados,
com toda a razão, de “Homo imbecilis”.
Jean Paul Sartre comentou corretamente
que o Homem “moderno” se encontra ainda na Idade da Pedra. Eu sinceramente até
duvido que aqueles nossos ancestrais tenham sido tão presunçosos e arrogantes.
Em primeiro lugar, o Homem não foi criado à imagem e semelhança de “Deus”,
muito pelo contrário, foi o Homo ignorantis que criou os deuses à sua
imagem e semelhança.
A partir desse infeliz ato de criação
surgiram os livros sagrados, as guerras religiosas, a Santa Inquisição Católica
*, a venda de indulgências, e todas as demais aberrações oriundas do medo da
morte; do misticismo, da ignorância e da superstição. Graças às religiões,
atualmente mais de 1 bilhão de seres humanos estão à mercê da asa negra da
violência e da fome.
O famoso beatle John Lennon, em sua música “Imagine”, disse ao mundo que
seria melhor que as religiões não existissem, pois elas não religam coisa
nenhuma, elas apenas dividem. Cada livro sagrado é considerado por seus
seguidores como superior aos demais; por causa desse tipo de mentalidade as
guerras e os genocídios são tão antigos quanto às primeiras religiões. Todos os
grandes cientistas da humanidade nos alertaram contra as religiões.
O grande Sigmund Freud nos disse: “Religião
é uma ilusão”. Alberto Einstein nos disse que entre a casta política dominante
e entre a casta sacerdotal existe uma comunidade de interesses. Tanto as
religiões quanto as castas políticas, não há duvida, desejam a obediência e a
subserviência de seus rebanhos de ovelhas. Vocês já repararam como os “Papas” e
os presidentes gostam de palácios cobertos de ouro e de arquiteturas
faraônicas.
Existe um pensamento do Barão de
Itararé que eu aprecio muito: “Televisão, a maior maravilha da Ciência, a
serviço da imbecilidade humana”. Cada vez mais a religião usa essa magnífica
invenção científica para tentar degradar e aniquilar a a lógica, a coerência, a
razão e a própria Ciência. Tudo isso é deprimente, muito deprimente. Santa
Ignorância!
Nota do autor: Em março de 1988, a Igreja Católica,
mais uma vez, pede perdão à humanidade. Desta vez, foi pelo seu total silêncio
durante o holocausto sofrido pelos judeu,
durante a Segunda Guerra Mundial. Quem já leu a História e conhece bem os
instinto assassino, dominador e absolutista da “Santa Madre” Igreja sabe que a
tal lady está, de novo, se valendo do
cinismo e da demagogia para se perpetuar no poder.
“Ninguém
pode ser completamente livre até que todos o sejam” (Herbert Spencer, filósofo
inglês).
CIÊNCIA, A ÚLTIMA
ESPERANÇA DA TERRA
Os objetivos principais da Ciência e
da Tecnologia é dar felicidade e conforto à humanidade. O conceito escravocrata
de “comer o pão com o suor do rosto” já foi repudiado pelo homem moderno. Citar
a tecnologia como responsável pelo desemprego é pensar de maneira retrógrada. A
robotização e automatização das empresas do mundo todo é uma tendência
irreversível, e é bem provável que o Homem do futuro se dedique somente ao
lazer, às artes e a Ciência.
Cada dia que passa a Ciência evolui
com mais intensidade, principalmente nos países do Primeiro Mundo. A medicina
moderna salva milhões de seres humanos a cada segundo, com vacinas,
medicamentos, máquinas, aparelhos, etc. A moderna tecnologia também dá conforto
e prolonga a vida de outros tantos. Isto, de certa forma, gera poluição e
índices populacionais altíssimos. Não devemos esquecer, porém, que os
cientistas também nos deram os antídotos para tais problemas. Esses antídotos
nada mais são que os métodos científicos de planejamento familiar.
Índices racionais de crescimento
populacional são a única defesa que a humanidade possui contra o flagelo da
explosão demográfica, que gera tanta fome, miséria, injustiça, violência e
devastação ambienta! Se conseguirmos agir racionalmente de acordo com a índole
científica, podemos construir o paraíso aqui mesmo no planeta Terra; caso
contrário, nossos sonhos permanecerão utópicos para sempre. Os povos devem
deixar de lado as superstições e as doutrinas anticientíficas e passar para o
lado da Ciência antes que seja tarde demais para nossa sobrevivência.
“O
esforço para entender o universo é uma das pouquíssimas coisas que erguem a
vida humana a um nível ligeiramente além da farsa, dando-lhe algum toque de
tragédia (Steven Weinberg, físico nuclear americano)
TV GLOBO CONTRA A CHINA
A República Popular da China é o país
mais populoso do nosso planeta, com mais de 1 bilhão de habitantes. Devido a
esta fantástica explosão demográfica humana o governo chinês se viu obrigado a
criar leis rígidas de controle de natalidade.
Qualquer pessoa (fascista, comunista,
socialista, anarquista, nazista, neoliberal, etc.) por dedução lógica pode
imaginar o que seria da China se os chineses pudessem se multiplicar
livremente, como acontece com os pobres, miseráveis e famintos do Brasil, onde é
comum casais terem 10, 15, 20 filhos. Dá medo até de imaginar, não é mesmo?
Seria até uma ameaça à ecologia da Terra.
Devemos lembrar que a China – embora
tenha o equivalente ao triplo da extensão territorial brasileira -- é menor que
o nosso país em terras cultiváveis. Ou seja, na China existem milhões de
quilômetros quadrados de terras inférteis; desertos, montanhas, geleiras, etc.
O Brasil, embora seja o maior país do mundo em terras cultiváveis, deixa uma
boa parte de seus 150 milhões de habitantes passarem fome e viverem
miseravelmente.
No dia 11 de junho, último, Corpus Christ, a apresentadora do jornal
da TV Globo, Fátima Bernardes, deixou passar para o público sua “irritação”
contra a suposta severidade com que o governo chinês trata a questão do “crescei
e multiplicai-vos”. Todo o espalhafato girou em torno da notícia da fuga de uma
funcionária pública chinesa que resolveu prolongar suas férias nos EUA através de
um pedido de asilo político.
Eu sugiro que a Rede Globo, em vez de
querer desmoralizar o controle de natalidade na China, faça campanhas, e
lobbies, junto ao nosso Congresso Nacional, para que os pobres e miseráveis do
Brasil tenham acesso gratuito ao planejamento familiar. Assim, haverá menos
fome, miséria e violência, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo onde
já existe, há muito tempo, uma guerra civil violentíssima.
Este é um dos grandes problemas da TV
Globo: ela se preocupa mais com o mundo lá fora do que com os brasileiros. A
República Popular da China, com seu poderio atômico, deve estar
preocupadíssima, morrendo de medo da Rede Globo.
[*] Nota do autor: A
imensa cobertura do sambódromo de Manaus-AM, que custou 6 milhões de dólares
desabou completamente no dia 20 de abril de 1994, após a publicação do artigo
acima.
*Nota do Autor: Testes científicos revelaram que os
pergaminhos do Mar Morto, que já falavam em cristianismo, foram escritos antes
de Cristo ter nascido. Isso quer dizer que Cristo teve mestres, numa espécie de
seita secreta. É provável que tenha vivido com eles desde os treze anos de
idade, e que nesta seita tenha adquirido toda a intelectualidade e habilidades
“mágicas” que o tornaram famoso e lendário no Ocidente.
*Nota do autor: Este comentário foi publicado na Imprensa de Manaus-AM
quatro anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso, demonstrar vontade
de reativar o Proálcool (no final de 1997).
*Jornal Amazonas em Tempo, Manaus/AM, Sexta feira, 05 de
maio de 1995.
14.01. 2023
ResponderExcluirANDERSON TORRES NO PAÍS DAS MARAVILHAS PROCESSUAIS. Nem mesmo o paraíso judaico-cristão, viu tantas maravilhas com base nos direitos humanos quanto o paraíso dos corruptos e dos criminosos, isto é, a República das Diretas-Já. Um dos instrumentos processuais mais maravilhosos para os criminosos ricos ou pobres que fazem do Brasil o país mais invejado do mundo pelos bandidos é a audiência de custódia, através da qual os facínoras ricos, geralmente corruptos nunca vão presos e os bandoleiros pés de chinelo têm direito entre 5 e 50 passagens pela polícia/justiça. Todas essas benesses, generosidades, e considerações com o banditismo nacional em nome de Deus e dos direitos da pessoa humana já provocaram 2 milhões de assassinatos e centenas de milhões de furtos, roubos, assaltos, invasões, estupros, agressões, danos ao patrimônio público, brigas de vizinhos, vias-de-fato; injúria, calúnia e difamação que, deixados de lado pela "Justiça", provocam milhares de assassinatos/homicídios, feminicídios, etc. As audiências de custódia são responsáveis pelo desenvolvimento das maiores organizações criminosas do mundo, de reincidência de assaltos, do tráfico de drogas, dos tribunais do crime, receptação de roubos, etc. Todos os criminosos do mundo sonham em ser criminosos no Brasil, que respeita os direitos humanos dos facínora em detrimento dos direitos dos cidadãos do bem, que preserva a imagem do facínora de todos os meios possíveis, com roupas ou toalhas na cabeça, com imagens borradas nos noticiários, com segredos de justiça por até 100 anos, sigilo, confidencialidade, etc. Jamais, em paraíso algum, corruptos, bandidos, facínoras foram tão felizes e prósperos quanto na República das Diretas-Já. Não poderia ser diferente já que nela terroristas assassinos e subversivos se tornam presidentes da República e funcionários públicos do primeiro escalão; corruptos e ladrões são os candidatos preferencias tanto da plebe quanto das elites brasileiras. As mulheres bandidas grávidas ou com filhos menores de idade não podem ver o Sol nascer quadrado mesmo que os filhos menores sejam velhos infratores conhecidos da polícia. Mulheres que assassinam os pais e esquartejadoras de maridos têm direito a saidinhas no dias das mães e dos pais. Mas não há problema, logo, logo os menores facínoras transpõem os limites da menoridade e se tornam cidadãos com a ficha limpíssima tal qual uma roupa branca imunda lavada com o melhor detergente do mundo. A tornozeleira eletrônica foi a invenção científica mais maravilhosa do mundo para criminosos e advogados do diabo. Os bandidos podem continuar seus talentos dados por Deus com um lindo penduricário; para o advogado do diabo é mais um serviço que deve ser pago de acordo com o poder de sua lábia frene ao juiz. Viva a República das Diretas-Já, governada por comunistas, evangélicos, jornalistas e advogados do diabo! Viva o Estado Democrático de Direitos mil para corruptos e criminosos e de deveres zero. LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.
03.06.2023
ResponderExcluirA HISTÓRIA SE REPETE HÁ 6 MIL ANOS. Um cientista iluminado inventou a escrita; um sacerdote mafioso e canalha a monopolizou. Um advogado do diabo imbecil embaralhou os discursos contraditórios em proveito próprio; o político demagogo, ladrão e mentiroso se apropriou do poder da palavra e da criação de narrativas; os jornalistas incautos, inocentes úteis e arrogantes passaram a repercutir o teatro das tesouras. O povo continua iletrado, ingênuo, crente, supersticioso, religioso e analfabeto funcional! (L.C. BALREIRA).